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DF: mulher foi morta com facada no pescoço após suspeita de furto

Ana Paula foi a terceira mulher esfaqueada apenas neste fim de semana. Os outros dois casos ocorreram em Brazlândia e Águas Claras

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Investigações da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina) indicam que Ana Paula Andrade Silva, 30 anos, foi esfaqueada após o suspeito de cometer o crime ter desconfiado que a vítima havia subtraído o celular dele. Ana teve o pescoço perfurado, não resistiu aos ferimentos e morreu. O homicídio ocorreu no Bar e Mercearia do Gil, no Jardim Roriz, em Planaltina, na noite desse domingo (23/06/2019).

À polícia, o dono do estabelecimento relatou que o acusado bebia na companhia de outro homem. Segundo o comerciante, assim que a vítima entrou no bar, foi esfaqueada. O suspeito, de 69 anos, foi localizado pelos agentes na porta de sua casa. Ele carregava na cintura a arma utilizada no crime. Segundo a PCDF, ele já tinha passagem por homicídio em São Sebastião.

Além de Ana Paula, outras duas mulheres foram esfaqueadas no fim de semana. Na tarde de sábado (22/06/2019), a Polícia Civil registrou um caso em Brazlândia. A vítima é a diarista Ivanilde Ferreira, 40, ferida pelo próprio marido. O autor da tentativa de feminicídio se enforcou após atacar a companheira.

De acordo com a Polícia Civil, os agentes foram até a casa da família e viram a vítima sendo socorrida pelos bombeiros. A mulher foi levada para o Hospital Regional de Brazlândia em estado grave. Ao entrarem no imóvel onde ocorreu o crime, os investigadores encontraram vestígios de sangue.

A filha do casal contou aos policiais que o pai, após dar várias facadas na mãe, desceu em direção a uma mina de água, que fica nos fundos da chácara, e tirou a própria vida. Durante as buscas, os investigadores localizaram o homem enforcado com uma corda amarrada em uma árvore.

Ainda de acordo com a filha, o pai teria ingerido veneno um dia antes, na tentativa de se matar. A substância foi apreendida pelos policiais. Segundo o proprietário do lote onde a família residia, o homem estava transtornado por causa de um suposto envolvimento da companheira com outra pessoa.

Ele dizia que a mulher havia lhe mostrado as conversas que mantinha com o suposto amante, ainda segundo a testemunha. O celular da esposa e a faca usada no crime não foram encontrados pela polícia. Os nomes dos envolvidos ainda não foram divulgados.

Águas Claras

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem de 36 anos após ele tentar matar a companheira, de 29 , com uma facada no pescoço. O crime ocorreu durante uma festa na casa da irmã da vítima, na madrugada desse domingo (23/06/2019), no Setor Habitacional Arniqueiras, em Águas Claras.

Policiais plantonistas da 21ª DP (Pistão Sul) foram acionados e, ao chegarem ao endereço, encontraram as testemunhas – irmãos da vítimas –, que informaram todos os detalhes do crime e a possível localização do agressor.

Quando a polícia chegou, a vítima já havia sido socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A equipe da delegacia entrou em contato com a chefia do plantão da unidade de saúde e recebeu a informação de que a mulher apresentava quadro de saúde estável.

O irmão da vítima acompanhou os policiais para ajudá-los a encontrar o suspeito. Ele estava no Conjunto 16 da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) quando foi identificado e abordado. Apresentando sinais de embriaguez e dizendo coisas desconexas, o agressor afirmou que esfaqueou a companheira porque ela havia “estourado a cabeça dele”. Segundo a família, o homem sentia bastante ciúme da mulher.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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