DF: morte de Greisielle Feitoza foi feminicídio, diz Polícia Civil
Corpo da mulher foi encontrado no domingo (15/09/2019), em Ceilândia. Investigações apontam o companheiro como principal suspeito do crime
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aponta como feminicídio o caso de uma mulher encontrada morta na noite de domingo (15/09/2019), próximo à canaleta de esgoto na EQNN 1/3 de Ceilândia. O principal suspeito é o companheiro da vítima, identificada como Greisielle Feitoza de Carvalho, 31 anos. O caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia. Seria a 21ª vítima de feminicídio neste ano na capital — a polícia não havia confirmado o número oficialmente até a última atualização desta matéria.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Antônio Dimitrov, chefe da 15ª DP, esse é um caso que se diferencia de um típico feminicídio. “Normalmente, o feminicídio ocorre em ambiente doméstico ou o autor esconde o corpo. Mas ela foi morta em um ambiente de consumo de crack em Ceilândia”, explica o policial. Os dois seriam moradores de rua, apesar de frequentarem a casa da mãe do suposto autor.
Por isso, ainda de acordo com Dimitrov, as investigações começaram como um caso de homicídio. Depois de conversar com diversas pessoas — inclusive a mãe do suspeito —, os agentes obtiveram indícios de que o crime ocorreu porque Greisielle fazia programas no local. “Era do conhecimento dele que ela se sustentava assim, mas ele devia estar em uma ‘noia’ por causa do crack e não aceitou mais a situação”, analisa o delegado. O acusado segue foragido.
Arma branca
Quando o corpo de Graizielle foi encontrado, a PCDF afirmou que a vítima era moradora de rua e morreu em decorrência de ferimentos provocados por arma branca. A Polícia Militar do DF (PMDF), por sua vez, disse ter recebido chamado por volta de 23h30 para atender a ocorrência. A informação inicial era de que um homem de camisa cinza teria esfaqueado uma pessoa que estava caída em frente a um bar da quadra (foto em destaque).
Na 15ª DP (Ceilândia Norte), o caso foi registrado como homicídio, até que, nesta quinta-feira (19/09/2019), acabou alterado para feminicídio.