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DF: morre mulher que teve 90% do corpo queimado por companheira

Polícia encontrou mensagens de WhatsApp trocadas entre as duas nas quais a autora dizia querer atear fogo na vítima

atualizado

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CBMDF/Divulgação
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1 de 1 incêndioh-960×624 - Foto: CBMDF/Divulgação

A mulher que teve 90% do corpo queimado durante incêndio não resistiu aos ferimentos e morreu nesta segunda-feira (30/09/2019), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Ela estava internada desde a última segunda (23/09/2019). Tatiana Luz da Costa, 35 anos, foi atingida pelas chamas em uma casa no Condomínio Total Ville, em Santa Maria.

O corpo será submetido a perícia no Instituto de Medicina Legal (IML). A companheira da vítima, Vanessa Pereira de Souza, 34, está presa, suspeita de causar o incêndio. Ela também teve parte do corpo queimado e está internada sob escolta policial. Este é o 25º caso de feminicídio registrado neste ano no Distrito Federal.

“Inicialmente, os relatos davam conta de um acidente. Entretanto, os fatos indicavam um incêndio provocado de maneira intencional. Além disso, a investigação teve acesso ao celular da vítima, no qual havia mensagens explícitas de ameaça de morte, cujo instrumento seria o fogo. Diante disso, a autora foi presa pela prática de feminicídio”, explicou o delegado Alberto Rodrigues, da 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria). Segundo a PCDF, Vanessa negou qualquer participação e disse que tinha ocorrido um acidente.

Álcool e fósforos
A acusada teria usado álcool e fósforos para começar o fogo. Porém, os policiais não conseguiram mais detalhes com Tatiana porque a vítima já estava entubada.

Os bombeiros informaram que chegaram ao apartamento e encontraram o incêndio já controlado. O fogo consumiu um sofá e outros pequenos utensílios. As duas mulheres ficaram machucadas, segundo a corporação, em virtude de haver um recipiente com álcool que, após a combustão, atingiu o casal.

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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