Corpo de mulher é encontrado com agressões na cabeça e seminu no DF
A jovem de 24 anos estava desaparecida desde sexta-feira. Para a Polícia Civil, a suspeita é de que ela tenha sido estuprada antes de morrer
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal investiga as circunstâncias que causaram a morte de uma mulher de 24 anos encontrada morta no Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (SCIA).
O corpo foi localizado pela Polícia Militar, em avançado estado de decomposição, com sinais de agressão na cabeça e sem roupas íntimas. A situação indica que a mulher pode ter sido estuprada e assassinada. Ainda não é possível dizer se houve feminicídio.
O caso está sendo investigado pela 8ª Delegacia de Polícia. A suspeita é de que a jovem seja uma moradora da Estrutural desaparecida desde sexta-feira (02/08/2019). O corpo foi encontrado após denúncia anônima, nessa segunda (05/08/2019).
Só no primeiro semestre de 2019, 648 vítimas foram atendidas pelos hospitais e policlínicas da capital federal — no mesmo período, em 2018, o número foi de 254.
“A violência doméstica cria um problema de saúde, o impacto físico e emocional é muito grande. No DF, desde 1997, começamos a estruturar uma rede de projetos para atender essas vítimas, e foi quando começou o Programa de Assistência à Violência (PAV ), no Hmib. Hoje, temos 15 centros espalhados pela cidade, todos com nome de flor”, explica Fernanda Falcomer, chefe do Núcleo de Estudos, Prevenção e Atenção à Violência (Nepav) da Secretaria de Saúde do DF.
Em 2019, 15 mulheres foram vítimas de feminicídio no DF.
Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.
Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.