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Clientes denunciam massagista por abuso sexual no Sudoeste. Deam apura

Segundo mulheres contaram, ele tocava em suas partes íntimas durante atendimento e as induzia a acreditar que tudo era parte do procedimento

atualizado

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1 de 1 massagista - Foto: iStock/Foto Ilustrativa

A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) deflagrou, nesta terça-feira (22/1), operação para apurar suspeita de crime de violação sexual mediante fraude. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois endereços no Sudoeste, um deles em uma clínica de massagem.

A Deam investiga um suposto massagista que se aproveita de clientes praticando atos libidinosos. Sete pessoas já foram ouvidas. De acordo com elas, o profissional tocava em suas partes íntimas durante o atendimento e as induzia a acreditar que tais atos faziam parte do procedimento. O número de relatos contra ele chega a quase 50.

Segundo a delegacia, foram apreendidos celulares, HDs externos, computadores e farto material referente a documentos de clientes, como fichas de atendimento e fichas de avaliação. A PCDF emitiu um pedido de prisão cautelar, que acabou  indeferido pela Justiça.

A Deam também está oficiando a Agência de Fiscalização (Agefis) porque a clínica, de acordo com informações preliminares, não possui autorização de funcionamento. O massagista é o proprietário do estabelecimento. O espaço seria compartilhado com outros dois funcionários que não foram denunciados. “Segundo as vítimas, apenas o dono agia desta forma. Não era um espaço bem estruturado”

As investigações começaram em dezembro de 2018, quando um grupo de mulheres compareceu à Deam para denunciar a prática criminosa. De acordo com a delegada Sandra Melo, o acusado induzia as pacientes a assinarem um “Termo de Consentimento de Contato”. “Ele dizia que a paciente deveria se submeter integralmente àquilo que o profissional fosse fazer”.

Após a criação de uma página no Instagram para delatar os crimes, outras 47 mulheres compartilharam do mesmo relato. “O massagista pedia que as vítimas fossem com biquínis de amarrar e algumas tiveram os biquínis desatados durante a massagem”.

Uma das abusadas contou que o profissional chegou a perguntar se ela “queria gozar” durante a sessão. Ela respondeu que não.

Projeto
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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