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Campanha Elas por Elas debate feminicídio nas escolas públicas do DF

Ao longo do ano, o Metrópoles fará diferentes intervenções artísticas pela cidade

atualizado

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Elas por elas – Grafite Ceilândia
1 de 1 Elas por elas – Grafite Ceilândia - Foto: Jacqueline Lisboa/Metrópoles

No último dia 20 de maio, uma servidora da Secretaria de Educação foi assassinada pelo ex-namorado dentro da Sede II do órgão, localizada na 511 Norte. Após o crime, o policial civil tirou a própria vida. A morte de Débora Tereza Correia, a 14ª vítima de feminicídio no Distrito Federal em 2019, chocou toda a cidade e deixou os funcionários da instituição desolados.

A Polícia Civil do Distrito Federal registrou, até essa sexta-feira (24/05/2019), 6.281 ocorrências de mulheres que sofreram violência doméstica. Elas relataram abusos, ameaças e agressões sofridas por parte de maridos, companheiros, namorados ou pessoas com quem um dia se relacionaram. Segundo a polícia, apenas uma pequena parte delas rompe o silêncio para se proteger.

Para conversar com os alunos sobre o tema, a secretaria convidou o Metrópoles para participar de mais uma rodada da Semana Educação para a Vida. A equipe do portal passou em escolas públicas do DF para debater o tema Feminicídio e Violência contra a Mulher com estudantes do ensino médio. Entre os tópicos discutidos estavam machismo tóxico, protagonismo feminino, legislação de proteção à mulher, rede de apoio às vítimas, responsabilização dos agressores e ciclo da violência.

A equipe do portal se uniu à iniciativa para detalhar à comunidade escolar o projeto Elas por Elas, concebido para disseminar informações sobre o assunto a partir do acompanhamento sistemático de todos os casos de feminicídio registrados no DF em 2019.

A coordenadora do Elas por Elas, Olívia Meireles, conversou na última quinta-feira (23/05/2019) com os alunos do CEM 8 no Gama sobre como a cultura do machismo leva à morte de milhares de mulheres ao redor do mundo. Também participaram da roda de conversa: Lúcia Bessa, presidente da Comissão de Combate à Violência familiar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Taguatinga; e Juciara Rodrigues, subsecretária da Subsecretaria de Apoio às Vítimas de Violência.

O Centro Educacional 416 em Santa Maria foi visitado na sexta (24/05/2019) pela editora do projeto Elas por Elas, Érica Montenegro, que conversou com estudantes de ensino médio sobre a importância da comunicação na construção de novos padrões de comportamento. A gerente de Educação em Direitos Humanos e Diversidade da Subsecretaria de Educação Básica, Aldenora Macedo, e a rapper Débora Glamourosa também participaram do encontro, levando aos alunos palavras sobre empoderamento feminino, cultura de paz e a importância da tolerância.

Na última segunda-feira (27/05/2019), Rosane Rocha, professora de língua portuguesa do CEM 4 em Ceilândia, também convidou o portal para apresentar o projeto Elas por Elas aos alunos. Neste semestre, a docente colocou como tema da redação a violência contra a mulher. A deputada federal Erika Kokay (PT) participou do encontro e falou com os alunos sobre os preconceitos que as parlamentares enfrentam todos os dias na Câmara dos Deputados.

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Júlia Bitarães declamou uma poesia para os presentes
Juciara Rodrigues, subsecretária da Subsecretaria de Apoio às Vítimas de Violência, explicou como funciona o ciclo da violência
A coordenadora do Elas por Elas, Olívia Meireles, mostrou como a cultura do machismo leva à morte de milhares de mulheres ao redor do mundo
Lúcia Bessa, presidente da Comissão de Combate à Violência familiar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Taguatinga, falou sobre os direitos das mulheres
Conversa em Santa Maria com estudantes de ensino médio
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Alunas do CEM 8, no Gama, assistiram a uma batalha de slam

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Júlia Bitarães declamou uma poesia para os presentes

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Juciara Rodrigues, subsecretária da Subsecretaria de Apoio às Vítimas de Violência, explicou como funciona o ciclo da violência

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A coordenadora do Elas por Elas, Olívia Meireles, mostrou como a cultura do machismo leva à morte de milhares de mulheres ao redor do mundo

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Lúcia Bessa, presidente da Comissão de Combate à Violência familiar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Taguatinga, falou sobre os direitos das mulheres

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Conversa em Santa Maria com estudantes de ensino médio

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Estudantes perguntaram como devem se posicionar diante de situações machistas

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Erika Kokay (PT) palestrou aos alunos da CEM 4 em Ceilândia

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A deputada federal revelou os preconceitos que as parlamentares sofrem na Câmara dos Deputados

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Os alunos precisam fazer uma redação sobre violência contra a mulher

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As escolas visitadas também receberam grafites alusivos ao tema, com mensagens sobre empoderamento feminino. A artista urbana Flora pintou um mural no CEM 8, no Gama; a artista visual Michelle Cunha ficou responsável pelo painel do CED 416, de Santa Maria; e Brixx grafitou um painel no CEM 4 em Ceilândia.

Ao longo do ano, o Metrópoles fará diferentes intervenções artísticas pelas cidades do DF. Grafitar muros das escolas era uma das metas do projeto, visto que conscientizar os jovens sobre o problema pode mudar o futuro. O pedido de parceria feito pelo portal à Secretaria de Educação foi prontamente atendido porque complementava as ações planejadas pela pasta.

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A artista urbana estudou na escola quando era adolescente
Os alunos observaram a grafiteira finalizar o painel
O mural fica na entrada da escola de alunos do Ensino Médio
Michelle Cunha assinou o mural da escola de Santa Maria
Estudantes colaboraram para a realização do painel
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Flora pintou o muro no CEM 8 no Gama

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A artista urbana estudou na escola quando era adolescente

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Os alunos observaram a grafiteira finalizar o painel

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O mural fica na entrada da escola de alunos do Ensino Médio

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Michelle Cunha assinou o mural da escola de Santa Maria

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Estudantes colaboraram para a realização do painel

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Equipe da escola e convidados posaram em frente ao grafite

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Michelle reivindica mais espaço para a participação de mulheres na arte de rua

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A artista urbana Brixx também comandou uma oficina

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Os alunos de artes do CEM 4 em Ceilândia ajudaram a grafiteira a pintar um mural

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Brixx rascunhou o desenho antes de pintar o muro

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A intervenção artística está programada para 27 e 28 de novembro, e 4 e 5 de dezembro

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A Semana Educação para a Vida foi instituída por uma lei federal de 2009 e acontece nas escolas públicas do país inteiro. Em Brasília, o tema escolhido foi o protagonismo estudantil, para contemplar a fala dos alunos – eles deveriam ser o centro do debate. “Como subtema, escolhemos feminicídio e violência contra a mulher, devido ao grande número de casos no DF. Os adolescentes produziram filmes, cartazes, distribuíram panfletos na comunidade e participaram das rodas de conversa”, conta Janaína Andréa Almeida, chefe da Assessoria Especial do Gabinete da Secretaria de Educação.

Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

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