Por causa de celular, homem quase mata mulher a pauladas no DF
A vítima foi levada ao hospital com traumatismo craniano e oito dentes quebrados. O agressor acabou preso
atualizado
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Um homem foi preso, nesta quinta-feira (17/1), após desferir várias pauladas em uma mulher na Quadra 601 do Recanto das Emas. Douglas Emídio Almeida Sousa, 20 anos, disse à polícia que os golpes foram dados porque a mulher teria quebrado o celular dele e se negado a pagar pelo prejuízo.
Os policiais do 28º Batalhão foram chamados e conseguiram impedir que as agressões continuassem. A equipe de militares prendeu o suspeito.
A vítima foi encaminhada ao Instituto Hospital de Base com traumatismo craniano e oito dentes quebrados. O estado da mulher é considerado grave.
O homem foi conduzido para a 27ª Delegacia Polícia (Recanto das Emas), onde está sendo registrado o flagrante.
Segundo o delegado de plantão Frederico Teixeira, ainda não se sabe qual a relação da vítima com o agressor. O policial contou que tudo começou por volta das 7h40, quando Douglas apareceu apertando o pescoço da vítima com um braço e ameaçando-a com uma faca na outra mão.
“Ele a levou até o portão da casa (a vítima mora com o irmão), dizendo que ela havia quebrado seu celular e ele queria um novo. O irmão tentou chamar a polícia, mas, nesse meio tempo, Douglas arrastou a vítima pelo cabelo até a rua e a espancou”, explicou o delegado.
Vídeo mostra como ficou o local da agressão:
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.