ABC paulista tem dois casos de feminicídio em um único dia
Duas mulheres foram mortas por ex-companheiros na Grande São Paulo. Os acusados estão presos pelos crimes
atualizado
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Dois casos de feminicídio foram registrados na Grande São Paulo nessa segunda-feira (18/3). A auxiliar de enfermagem Engel Sofia Pironato, de 21 anos, foi encontrada morta em Santo André, no ABC Paulista. Já Elieide Rodrigues de Oliveira, 38, foi atropelada e baleada pelo marido na Rua Armando Mazzo, no Jardim Rina. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
No ABC, Lucas Alves da Silva, 24, ex-namorado de Engel, foi preso após a polícia receber uma denúncia anônima de que ele havia matado a companheira dentro de casa. O corpo da auxiliar de enfermagem estava escondido dentro de uma geladeira.
Alves foi preso enquanto tentava fugir após solicitar uma viagem por aplicativo. Na delegacia, ele confessou o crime e disse ter asfixiado a ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento. Segundo o acusado, a jovem terminou o namoro porque ele é usuário de drogas. Engel e Alves se conheciam há seis anos e já tinham colocado um ponto final na relação e reatado diversas vezes.
No Jardim Rina, Elieide foi atropelada e baleada pelo marido. Ela chegou a ser socorrida e levada ao Centro Hospitalar Municipal, em Santo André, mas não resistiu aos ferimentos. O crime foi registrado por câmeras de segurança do local. O marido, Manoel Gomes de Oliveira, 43, tentou fugir logo em seguida, mas foi perseguido pela polícia. Houve troca de tiros e ele ficou ferido.
Manoel foi levado ao Hospital Santa Marcelina, onde permanece internado sob escolta policial. Ele está preso em flagrante pelo crime de feminicídio. Elieide havia prestado queixa por agressão contra o marido recentemente.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.
