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3ª vítima: assassino de Pedrolina tentou estuprar jovem em parada

A garota de 16 anos só escapou do criminoso porque um ônibus passou na hora e ela conseguiu embarcar

atualizado

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1 de 1 vassalo-960×640 - Foto: Divulgação/PCDF

Após a prisão e divulgação das imagens de João Marcos Vassalo da Silva Pereira (foto em destaque), 20 anos, uma adolescente de 16 anos reconheceu o assassino confesso de Pedrolina Silva, 50, e procurou a 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) para denunciá-lo por tentativa de estupro. Ela seria a terceira vítima do criminoso. A abordagem teria ocorrido na terça-feira (03/09/2019), horas antes de João Marcos tentar cometer violência sexual contra outra vítima, de 18 anos, na QI 29 do Lago Sul.

Segundo o relato da menina, João Marcos a abordou numa parada de ônibus próxima ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e teria dito que a violentaria. No momento do assédio, um ônibus estava a caminho, ela fez sinal de parada e conseguiu embarcar e escapar ilesa. O agressor tentou entrar no veículo, mas foi impedido pelo motorista do coletivo.

Assim que o ônibus partiu com a adolescente, ele passou a perambular pelo Lago Sul, até encontrar uma outra vítima na QI 29. Ele a pegou pelo braço e a arrastou em direção a um matagal ao fundo da Estrada Parque Dom Bosco (EPDB), mas a mulher conseguiu se desvencilhar e bater nele com a tampa de uma caixa térmica. Ela correu em direção à pista e pediu ajuda a dois homens que passavam pela via. Um deles correu atrás de João Marcos, enquanto o outro se dirigiu ao posto da Polícia Militar mais próximo.

João Marcos foi preso em flagrante por uma equipe da PM. Até então, o corpo de Pedrolina permanecia desaparecido. Assim que a Polícia Civil localizou o cadáver, começaram a juntar os pontos e decidiram interrogar o homem, que confessou ter estuprado a vítima, que era funcionária de uma farmácia em Taguatinga, e a matado para encobrir o crime de estupro.

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João Marcos Vassalo confessou ter estuprado e matado a auxiliar de serviços gerais, Pedrolina Silva
Desaparecimento e morte

Em depoimento, ele disse tê-la assassinado por estrangulamento, mas os peritos constataram que a morte foi causada por esgorjamento – um corte de arma branca na parte da frente do pescoço. “João Vassalo também era morador do Paranoá Parque e, por diversas vezes, teria assediado Pedrolina. Nós vamos investigar essa relação e ele poderá responder por feminicídio”, explicou Bruna Eiras, delegada cartorária da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Segundo a delegada Bruna Eiras, que investiga o caso, o assassino confesso de Pedrolina já teria assediado a vítima por diversas vezes, mas ela sempre recusou qualquer aproximação. Chegou a dizer que tinha medo dele. Uma testemunha contou à PCDF que João Marcos já disse que “se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém”.

Prisão preventiva decretada

Nesta quinta-feira (05/09/2019), a Justiça do Distrito Federal converteu em preventiva a prisão de João Vassalo. A decisão foi tomada após o preso passar por audiência de custódia na Terceira Vara Criminal de Brasília.

Na decisão, a juíza Lorena Alves Ocampos argumentou que a prisão do criminoso se faz necessária por sua “periculosidade”. “A intenção do autuado de estuprar a vítima [Pedrolina] era clara, não só por seus dizeres, como também por suas atitudes. O modus operandi adotado na execução do delito retrata a periculosidade do autuado”, disse a magistrada.

18 imagens
Pedrolina morava sozinha no Paranoá Parque
Agentes da PCDF encontraram, na tarde de terça-feira (03/09/2019), o corpo de uma mulher identificada como Pedrolina Silva, 50 anos
O cadáver estava em um matagal atrás do Centro Universitário Unieuro, na L4 Sul
Familiares esperam por mais informações
Polícia pede para os familiares se afastarem, para preservar o local do crime
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Pedrolina se formou no ano passado em assistência social

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Pedrolina morava sozinha no Paranoá Parque

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Agentes da PCDF encontraram, na tarde de terça-feira (03/09/2019), o corpo de uma mulher identificada como Pedrolina Silva, 50 anos

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O cadáver estava em um matagal atrás do Centro Universitário Unieuro, na L4 Sul

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Familiares esperam por mais informações

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Polícia pede para os familiares se afastarem, para preservar o local do crime

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Familiares no local do crime

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Perícia da Polícia Civil chega ao local do crime

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Familiares e amigos da vítima aguardam a identificação do corpo

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Delegada Jane Klébia, da 6ª DP, consola os parentes da vítima

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Assassino arrasta a vítima por cerca de 800 metros

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A cunhada de Pedrolina procurou a 6ª DP para informar aos investigadores que havia conseguido rastrear o telefone da vítima

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Família destroçada

A cunhada de Pedrolina, Ivanete de Sena Cavalcante, 47, contou por telefone ao Metrópoles que a família acumula dois sentimentos: tristeza e revolta. “Estamos completamente destroçados. A mãe dela não tem condição emocional de sair de casa e o filho ainda está desnorteado”, disse.

Foi Ivanete quem comunicou à Polícia Civil que uma amiga havia conseguido rastrear o celular da vítima. A localização do aparelho constava no Lago Paranoá. Pedrolina desapareceu na manhã de domingo (01/09/2019), quando saiu de casa, no Paranoá Parque, tomou um ônibus e desceu na parada perto do Centro Universitário (Unieuro), na L4 Sul. Ela aguardava uma amiga que a buscaria de carro. As duas seguiriam para um clube no Setor de Clubes do Sul.

Câmeras de segurança da faculdade particular flagraram o momento em que João Marcos Vassalo aparece correndo, sobe um barranco em direção ao ponto e agarra Pedrolina. Ela tenta se desvencilhar, mas é arrastada para um matagal.

As buscas foram encerradas na tarde dessa terça-feira (03/09/2019), após agentes da Polícia Civil encontrarem o corpo de Pedrolina em um matagal. Ela vestia apenas calcinha e uma camiseta listrada manchada de sangue. Uma revista pornô foi localizada perto do cadáver. Tais informações reforçam a suspeita de que ela pode ter sido vítima de violência sexual, o que só será confirmado com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Despedida

Sob clima de emoção e revolta, o corpo de Pedrolina Silva, 50 anos, foi sepultado nesta quinta-feira (05/09/2019), no Cemitério de Taguatinga. O local estava repleto de flores e cartazes em protesto contra o assassinato da auxiliar de serviços gerais. Mulheres de um coletivo ao qual Pedrolina fazia parte chegaram a soltar balões em homenagem à vítima.

 

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