Youtuber de maternidade é presa nos EUA por suspeita de abuso infantil
A youtuber Ruby Franke foi detida após seu filho, que tinha sinais de desnutrição, fugir de casa em busca de comida e água
atualizado
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Na internet, Ruby Franke ganhou popularidade ao compartilhar dicas e conselhos sobre maternidade e família. Na vida real, no entanto, a norte-americana foi detida sob suspeita de abuso infantil após um de seus filhos fugir de casa com sinais de desnutrição e maus-tratos.
Na última quarta-feira (30/8), a influenciadora e youtuber foi presa junto com a parceira de trabalho, Jodi Nan Hildebrandt, na cidade de Ivins, no Estado de Utah, nos Estados Unidos. As duas, agora, enfrentam duras acusações criminais de abuso infantil.
Pedido de ajuda
Tudo começou quando, de acordo com informações da polícia local, o filho de 12 anos de Ruby pulou a janela de casa e correu até um vizinho em busca de água e comida. Ao se deparar com a criança, que parecia muito magra e desnutrida, com feridas abertas e fita adesiva nos braços e pernas, o morador ligou para as autoridades.
Ao chegarem ao local, os policiais perceberam a gravidade dos ferimentos e o grau de desnutrição e logo encaminharam a criança para o hospital. O menino tinha ainda lesões profundas causadas por cordas, com as quais era amarrado.
A polícia descobriu ainda que a filha de 10 anos da influenciadora também estava desnutrida e precisou ser encaminhada ao médico. Por fim, a partir de um mandado de busca relacionado ao incidente, as autoridades resgataram mais quatro crianças, que foram colocadas sob a guarda de familiares e serviços de assistência à infância.
8 Passengers
A família de Ruby, membro da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, comumente conhecida como Igreja Mórmon, ganhou popularidade nas redes sociais, principalmente, no YouTube por conta do canal “8 Passengers”.
No material compartilhado com milhões de seguidores, a influenciadora retratava o cotidiano da família e promovia regras educacionais rígidas, incluindo a privação de alimentos como medida de punição. Lançado em 2015, o canal foi suspenso.
Antes disso, à medida em que o canal crescia, a imagem da família declinava. Eles passaram a ser alvo constante de críticas com relação ao estilo parental excessivamente autoritário e às vezes cruel. Uma petição chegou a circular pela internet, inclusive, pedindo a intervenção dos Serviços de Proteção à Criança.
