Veja qual dieta restrita faz Madonna manter a boa forma aos 65 anos
Dieta seguida por Madonna foi criada por um filósofo japonês em meados da década de 1920; veja detalhes e polêmicas do protocolo alimentar
atualizado
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Desde que foi anunciado um megashow da cantora Madonna na famosa praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, muito se comentou a respeito da vida, obra e hábitos da diva pop. Aos 65 anos, a artista ostenta fôlego de sobra e um físico invejável, moldado por uma alimentação macrobiótica.
A quem não sabe, essa dieta foi criada por um filósofo japonês em meados da década de 1920. O princípio do modelo alimentar segue a premissa de evitar a ingestão de alimentos ou produtos que contenham adição de químicos ou ingredientes artificiais.
A lista dos itens permitidos contempla, entre outros itens:
- Vegetais frescos;
- Grãos integrais orgânicos, como arroz integral, cevada, aveia e trigo sarraceno;
- Leguminosas;
- Frutas;
- Nozes e sementes;
- Alimentos fermentados, como chucrute;
- Algas marinhas;
- Temperos;
- Chás.
Já é de se imaginar que a cantora, que se apresentará para os brasileiros neste sábado (4/5) não chega nem perto de açúcar e de itens industrializados.
Dona de um tônus muscular invejável, ela também evita carne, como boa parte do público que adere à dieta macrobiótica.
A filosofia do modelo alimentar não se restringe à comida, mas também à elaboração e preparo dos itens.
Alguns cuidados devem ser respeitados, como cozinhar e guardar todos os alimentos em panelas e utensílios de madeira, vidro, aço inoxidável ou porcelana (cerâmica). Deve-se evitar fornos de micro-ondas ou cozinhar com eletricidade.
Dieta já foi alvo de críticas
No entanto, nem tudo são flores. A dieta macrobiótica já foi alvo de muitas críticas.
Uma delas diz respeito à divisão dos alimentos segundo um parâmetro invisível: sua energia interior (yin e yang). O pai da estratégia classificou a dieta em 10 níveis onde, em cada nível de um grupo, existe a eliminação de diversos alimentos, até os saudáveis.
Para se ter uma ideia, no nível superior só é permitido comer arroz integral.
Já é sabido que estratégias rígidas, que não levam em consideração as necessidades nutricionais do organismo e excluem diversos tipos de alimento, podem causar prejuízos significativos à saúde, principalmente pelas deficiências nutricionais.
Excluir radicalmente os itens de fonte animal, quando feito de forma arbitrária, pode levar a deficiência de ferro, vitaminas do complexo B, em especial a B12, que pode gerar desordens neurológicas e a saúde em geral. Além disso, é esperado prejuízos emocionais, podendo acarretar, até mesmo, quadros de compulsão alimentar.
Por isso, por mais bonito e diferente que se mostre um modelo alimentar, toda estratégia deve considerar orientações de um nutricionista.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica