SeaWorld anuncia o fim da reprodução de orcas em cativeiro
A companhia ainda mantém 29 animais, mas que estes sãos os únicos que permanecerão protagonizando shows e vivendo em cativeiro
atualizado
Compartilhar notícia
A SeaWorld Parks & Entertainment Inc. anunciou nesta quinta-feira (17/3) que seus parques não irão mais reproduzir orcas em cativeiro e que os 29 animais ainda mantidos, serão os últimos.
O fim da programação de shows com orcas foi um acordo com a organização “Humane Society of the United States (HSUS)”, um dos grupos de defesa animal mais antigo nos Estados Unidos. Ainda segundo informações do parque, a movimentação de visitantes diminuiu desde o lançamento do documentário “Blackfish” (2013), que mostra como são mantidas e adestradas as orcas que vivem dentro do parque. O documentário aborda ainda a morte da treinadora Dawn Brancheau, em 2010, que trabalhou no parque por 16 anos até ter sido morta por uma das baleias, Tilikum — a maior das orcas no SeaWorld Orlando.
“Como uma das mais importantes organizações de resgate do mundo, vamos aumentar nosso foco em operações de resgate, para que milhares de mamíferos marinhos como golfinhos e leões marinhos encalhados e incapazes de serem soltos tenham um lugar para ficar”, afirmou o CEO do SeaWorld, Joel Manby.
As ações da companhia caíram cerca de 11% em 2015 e, segundo economistas, vêm caindo desde o lançamento de “Blackfish”. Em contrapartida, o parque vem tentando rebater a publicidade negativa com campanhas que buscam chamar a atenção para o trabalho da companhia com resgate e reabilitação dos animais no mundo selvagem. As 29 orcas não serão soltas, mas o parque promete não reproduzirem mais animais em cativeiro – nem mesmo com inseminação artificial.