Pantanal: veja atrativos imperdíveis no destino que inspirou a novela
Mundialmente famoso pelo cenário exuberante, o Pantanal ainda não foi descoberto pelo fluxo massivo de turistas; veja um guia completo
atualizado
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Um mosaico de ecossistemas guiado pelo movimento natural da maior concentração de fauna do continente sul-americano. Tentar definir o Pantanal não é das tarefas mais simples. A atmosfera vibrante que abriga milhares de espécies segue o próprio ritmo — pulsa pela biodiversidade e cultura pantaneira, de culinária autêntica e rica em tradições.
Homenageado em verso e em prosa, o destino serviu de inspiração para a novela escrita há mais de 30 anos por Benedito Ruy Barbosa que chega à TV Globo nesta segunda-feira (28/3), em uma nova versão escrita pelo autor Bruno Luperi. A trama se emoldura em uma saga familiar, que tem o amor como fio condutor e a natureza como protagonista.
A paisagem que vai colorir a televisão no próximo horário das 21h é uma composição genuinamente brasileira, que só existe dentro do território verde-amarelo. A experiência de seguir o rastro de onças pintadas, esbarrar com jacarés descansando à beira do rio e observar um céu cortado por pássaros, entre eles araras-azuis, é uma experiência preciosa que, com a fama do folhetim, está prestes a se tornar ainda mais disputada.
Como chegar
A maior planície inundada do Brasil cobre parte da Bolívia, do Paraguai e do Brasil. Em território verde-amarelo, a região se divide entre dois estados: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Cáceres, Poconé e Barão de Melgaço (MT) compõem o chamado Pantanal Norte. Miranda, Aquidauana e Corumbá (MS) compreendem o Pantanal Sul. Antes de cravar o destino da passagem aérea, é importante estabelecer quais são seus objetivos com o destino.
Para quem quer assistir manifestações culturais, danças típicas, praticar pesca e ver de perto animais aquáticos, o Pantanal Norte é o mais recomendado. A melhor forma de chegar até lá é comprar bilhetes para Cuiabá e seguir viagem de carro pela MT-060 até Poconé (104 km), pela MT-040 para Barão de Melgaço (111 km), e pela BR-070 até Cáceres (215 km).
Os viajantes que partem em busca de um contato mais íntimo com animais selvagens e práticas de turismo de aventura, como a canoagem, devem optar pelo Pantanal Sul. A opção ideal para desembarcar no destino é descer do avião em Campo Grande e partir pela BR-262 até Aquidauana (146 km), Miranda (218 km) e Corumbá (441 km), via Mato Grosso do Sul.
Questão de tempo
Antes que o destino desponte na lista de cenários brasileiros mais disputados, partir rumo às planícies pantaneiras demanda planejamento. A maior planície inundável do globo é uma terra de extremos, com épocas bem definidas. Apesar das belezas surgirem diante dos olhos ao longo do ano inteiro, escolher quando desembarcar depende do seu objetivo enquanto viajante.
O período da seca, entre os meses de maio a setembro, é conhecido por conta da locomoção mais amigável. A época é ideal para contemplar os animais em seu habitat natural, em visitas diurnas e noturnas, desbravar as trilhas e experimentar a vida no campo.
Durante a temporada de chuvas, entre outubro e abril, a vegetação atinge seu ápice e o Pantanal assume a forma como é mais conhecido. O cenário é tomado por espelhos d’água, que chegam a cortar as estradas, tornando qualquer passeio mais interessante.
Nessa época, os mamíferos fogem para locais mais altos, no entanto, os tuiuiús — as cegonhas da região, conhecidas pela cabeça preta e faixa vermelha no pescoço — e jacarés disputam espaço entre os visitantes.
Falando em programação
Diante da imensidão do cenário natural, o Pantanal é destino para se conhecer vagarosamente. A região, lar de mais de 5 mil espécies catalogadas, promove um verdadeiro mergulho na natureza e faz jus à fama de um dos mais célebres destinos do ecoturismo.
Contudo, o contato com a riqueza da biodiversidade não resume as atrações do Pantanal. O lugar também oferece ao visitante a experiência de conhecer a cena cultural que pulsa nas festas regionais e peças do artesanato local. Valem uma atenção especial no roteiro o Casario do Porto e o Museu de História do Pantanal.
Assim como os pantaneiros, diversas empresas de turismo oferecem passeios guiados a cavalo, da mesma forma em que os cidadãos que vivem ali transitam entre as estradas, trilhas, cachoeiras e rios. Outra experiência singular da região são os safáris fotográficos, ideais para admirar a flora e a fauna pantaneiras.
O passeio é acompanhado por guias especializados, e permite que os viajantes observem mais de perto os jacarés, capivaras, aves nativas e, quem sabe, seguir o rastro da famosa onça pintada. Há ainda opções de passeios de canoa, trilhas, e trajetos de barco para os adeptos da pesca esportiva — famoso atrativo do destino.
Ao cair da noite
Em solo pantaneiro existem três tipos de hospedagens para descansar depois de um longo dia de passeios. As voltadas para os turistas ligados à natureza costumam incluir refeições e, em alguns casos, passeios guiados nas diárias.
Os hotéis de pesca são mais simples e, habitualmente, incluem barcos e piloteiros — responsáveis por pilotar o barco e acompanhar pescadores — na tarifa. Nos barcos-hotel, que também são procurados pelos adeptos da pesca esportiva, as embarcações oferecem pouso em cabines com camas e refeições inclusas no pacote.
Viajantes em busca de uma imersão maior na natureza encontram boas opções de estadia no Araras Eco Lodge, em Poconé, e na Pousada do Rio Mutum, em Barão de Melgaço, na região norte. Ao sul, estão os hotéis situados em fazendas: Refúgio da Ilha e o Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda.
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