Marina Bay Sands: um mergulho incrível no topo do mundo
Hospedagem no famoso complexo de Singapura é objeto de desejo daqueles que querem curtir uma bela vista dentro de uma piscina com borda infinita
atualizado
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Conhecer Singapura e, por tabela, o Marina Bay Sands nunca fez parte dos meus planos. Não dos reais, dos concretos. Só entre aqueles escondidos lá no fundo. Não me parecia alcançável conhecer uma das piscinas mais bonitas do mundo. Aquela, com borda infinita, com vista vertiginosa para prédios altíssimos.
Quando eu e três amigas planejamos nosso roteiro pelo Sudeste Asiático, pensamos que talvez fosse a nossa única chance de conhecer Singapura. Organizada, limpíssima e com um serviço de transporte público de primeira, essa cidade-estado nos encantou desde o início, quando desembarcamos no aeroporto e vimos que o metrô nos deixava exatamente dentro do complexo do Marina Bay Sands, nosso destino inicial.
Nos planejamos para nos hospedar somente por uma noite nesse que é um dos hotéis mais cobiçados do mundo. Ficamos em dois quartos duplos e nos impressionamos com a estrutura do hotel e o conforto do quarto.
Assim que chegamos, fizemos o check-in e subimos logo para o quarto. A ideia era trocar de roupa, descer para almoçar e curtir o principal motivo de estarmos ali: a tal piscina.
O complexo do Marina compreende o hotel e um shopping com as marcas mais chiques e caras do mundo. Há uma ala reservada só para a Louis Vuitton, por exemplo. Antes de continuar é bom situar que Singapura tem uma das economias mais fortes do globo e, por isso, não tem um custo de vida nada barato.
Circulam por lá milionários de todas as partes do planeta, dispostos a fazer negócios que envolvam muitos cifrões. São essas as pessoas – só podem ser elas – que sacam barras de ouro em caixas eletrônicos.
Depois de nos acomodarmos, atravessamos esse complexo e do outro lado, próximo à baía, encontramos o HY California, restaurante japonês que nos impressionou pelo sabor e ótimo atendimento. Comemos um combinado japonês muito bem preparado. O hambúrguer servido na casa também foi uma grata surpresa.
Voltamos para o hotel e vimos mais atentamente tudo que ele nos oferecia. O quarto, superequipado, tinha um frigobar completíssimo, ferro e tábua de passar roupa, um sistema de iluminação bem moderno, uma cama enorme e bastante confortável, dois roupões e dois chinelos. Na escrivaninha, um livro apresentava o complexo. Também era possível obter as mesmas informações em um canal de TV.
Cliques, cliques e mais cliques
Como ainda era início da tarde, corremos para a piscina e fizemos aquilo que todo turista não se cansa de fazer quando chega a um lugar como esse: tiramos dezenas de fotos. Dos mais diferentes ângulos, com todas as paisagens possíveis. Nada escapou dos nossos cliques. Passado o frisson inicial, fomos ver direitinho como era a piscina.
Localizada no 57º andar do prédio em um plataforma construída em formato de barco, a piscina tem água com temperatura equilibrada, nem quente, nem fria. O piso não é o que costumamos ver nas piscinas de cá, portanto a impressão que dá é a de que estamos mergulhando em águas naturais, como as de cachoeiras. O “infinito” é uma ilusão muito bem construída. Ao se debruçar levemente você logo vê um local estreito por onde a água desce. Mais abaixo há um andar gradeado, que impede o cidadão de cair ou pular diretamente no chão. É bem seguro, então não tenha medo de ir até a borda ver de perto essa proteção.
Dentro d’água há uma área mista onde ficam crianças e adultos e outra na qual não é permitida a entrada dos pequenos. Não pense que a piscina é vazia como nas fotos de divulgação. Em determinados momentos do dia, a disputa por um lugar ao sol é ferrenha.
Ficamos na água até os nossos dedos enrugarem. Como estávamos exaustas da viagem que fizemos, não conseguimos explorar mais o hotel. Se você for, não deixe de conhecer a boate que tem dentro do hotel. Quem é hóspede pode aproveitar o club e nos disseram que é uma experiência bem interessante também. Pena que fomos tirar um cochilo para descansar um pouquinho e capotamos.
Toda hora é hora
Acordamos de madrugada com a sensação de que tínhamos perdido uma oportunidade única, mas aproveitamos para colocar o despertador para 6h30 da manha, para aproveitar cada segundo de sol na piscina. E foi o que fizemos. Levantamos bem cedo e tomamos um café no hall do hotel, em um lugar chamado SweetSpot. Todas as opções dispostas na vitrine são de encher os olhos, mas nos encantamos com o cheese danish, um pãozinho dinamarquês delicioso coberto com queijo e tomate-cereja, um dos carros-chefes da casa.
Subimos para a piscina e ali ficamos até o último segundo que nos foi permitido. Ligamos para a recepção e conseguimos um late check-out para as 13 horas, o que nos deu uns minutinhos a mais. Mesmo com uma imensidão de prédios ao fundo, a paisagem é linda e hipnotizante. As espreguiçadeiras dispostas à beira d’água são disputadas e para garantir uma delas é preciso chegar bem cedo.
Agora vamos às contas do sonho realizado, certo? Pagamos por essa diária R$ 500, já incluídas as taxas. É barato? Claro que não, mas é muito difícil desembolsar isso por esse nível de serviço no Brasil.
O Marina foi o único hotel estrelado que nos demos ao luxo de pagar durante a viagem. E saímos do sonho para a realidade em um passe de mágica. Quando nos demos conta, menos de duas horas depois, estávamos em quarto minúsculo de um albergue, deitadas nos lençóis encardidos de duas beliches sonhando com o dia em que tivemos 24 horas de Marina Bay Sands nas nossas vidas.
Quer saber? Valeu cada centavo.