Inhotim: 5 dicas para otimizar a visita ao museu de arte contemporânea
Situado em Brumadinho (MG), a 60 km de Belo Horizonte, o local é parada obrigatória para os apreciadores de arte e botânica
atualizado
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Enviada especial a Brumadinho (MG) — Se você conhece o Louvre, na França, e o Metropolitan, nos Estados Unidos, mas nunca visitou o Instituto Inhotim repense sua cidadania brasileira — ou ligue já para uma agência de viagens. Maior museu a céu aberto do mundo, o centro de arte contemporânea situado em Brumadinho, Minas Gerais, reúne arte, botânica e boa gastronomia em um só espaço.
Sim, além de museu, o Inhotim é um jardim botânico e possui sete pontos de alimentação comandados pela chef Dailde Marinho, conhecida por trazer as raízes mineiras e um tempero caseiro aos pratos. O centro cultural de 140 hectares e cinco lagos ornamentais ainda sedia eventos gastronômicos e festivais de música, unindo as mais diferentes expressões de arte.
Não à toa, diariamente, o local permeado por 25 galerias e 23 instalações é frequentado por aproximadamente quatro mil pessoas. A retomada desse volume de público, no entanto, aconteceu apenas agora, anos após o criminoso rompimento de barragem na cidade e o início da pandemia de coronavírus.
Para quem pensa que o museu está malcuidado após o hiato, vale lembrar o homem que o financia: o multimilionário Bernardo Paz. Ex-empresário siderúrgico e um dos maiores colecionadores de arte do país, o mineiro abriu as portas do então acervo pessoal ao público em 2006 e, desde então, realiza significativas melhorias no espaço.
Bernardo, aliás, pode ser visto fumando um cigarro com amigos ou rondando a propriedade com frequência. Megalomaníaco à frente de seu tempo, ele ainda tem planos ambiciosos para o museu. Segundo boatos, está prestes a inaugurar um hotel à la Rosewood, empreendimento de seis estrelas recém-estreado em São Paulo, em meio às obras de arte.
Dicas do guia mais famoso de Inhotim
Segundo o guia turístico Junio César, apadrinhado de Bernando Paz e amigo de artistas como Adriana Varejão, o ideal é reservar, no mínimo, três dias para conhecer Inhotim. “O ideal seriam 25 dias, um para cada galeria”, brinca, em entrevista ao Metrópoles. “Mas, em três, dias é possível, sim, conhecer as principais obras”, garante.
A pedido do portal, o profissional nascido e criado em Brumadinho selecionou cinco dicas para otimizar a visita ao espaço cultural.
Alugue um carrinho exclusivo
Em Inhotim, há carrinhos disponíveis para aluguel com motorista exclusivo a partir de R$ 500. “Uma boa estratégia é alugar o carrinho, de cinco ou sete lugares, no primeiro dia de viagem, para conhecer as atrações mais distantes e, nos demais, seguir a pé”, aconselha o guia. A facilidade é ainda mais indicada para grupos com crianças e idosos. A região é montanhosa, e as caminhadas pelo local costumam ser cansativas.
“Importante reservar o carrinho, via site ou e-mail, com antecedência”, destaca Junio. Para quem não pode ou não quer incluir esse custo no orçamento, há outra alternativa. Pagando R$ 30 a mais (o ingresso convencional custa R$ 44 a inteira e R$ 22 a meia), o visitante conquista o direito de embarcar nos carrinhos comunitários do museu.
Evite os meses de janeiro e julho
Segundo o profissional, deve-se evitar os meses de férias escolares. Ou seja, janeiro e julho. “A lotação aumenta consideravelmente nessas temporadas”, justifica.
Dê preferência aos dias de semana
Outra dica do guia é reservar dias de semana para curtir o museu. “Inhotim costuma ficar cheio em fins de semana e feriados”, resume.
Compre ingresso e reserve o guia com antecedência
Para evitar filas na bilheteria, adquira seu ingresso no site do museu com antecedência. “Garantir um guia também é importante. Nós, com o conhecimento que temos, conseguimos montar um bom roteiro para otimizar sua visita”, afirma.
Escolha um hotel perto do museu
O último conselho é eleger um hotel perto do instituto. O Ville de Montagne é o mais próximo, de acordo com o guia.
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O que pedir nos restaurantes e cafés de Inhotim
Dentre as opções gastronômicas do espaço, destaque para o buffet Tamboril (se for, não deixe de provar o ceviche de salmão e o espinafre com banana, pratos preferidos da chef) e o Café das Flores. O pão de queijo (R$ 12) é o grande carro-chefe da cafeteria e faz valer cada centavo investido.
Não vá embora, ainda, sem dar um pulinho no gift shop do museu. A lojinha, situada em frente à bilheteria, tem diversos souvenires para você levar um pedacinho de Inhotim para casa. Os produtos (como lápis, camiseta, ecobag e artigos de decoração) custam a partir de R$ 4,50.
Documentário na Netflix
Para chegar ao museu munido de informações importantes e começar a sentir o gostinho do museu antes mesmo de pegar a estrada, assista a Inhotim, na plataforma de streaming Netflix. O documentário de 2018 tem 13 episódios elucidativos sobre o espaço.
Serviço:
Rua B, 20 Fazenda Inhotim, Brumadinho, Minas Gerais
Funcionamento de terça a sexta-feira – 9h30 às 16h30 / Sábado, domingo e feriado – 9h30 às 17h30
Ingresso: R$ 44 (inteira) e R$ 22 (meia-entrada)
Na última sexta-feira de cada mês, exceto feriados, a entrada é gratuita.
*A repórter viajou a convite do Encontro Mundial de Imprensa (E-Mundi) e participou do festival gastronômico Fartura, patrocinado por empresas como a Gasmig
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