Descubra o Egito: quanto custa e o por que visitar a terra dos faraós
Cenário do filme Morte no Nilo, o território é permeado pelos traços bem preservados da antiguidade. Mas nem só de múmias vive o Egito
atualizado
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Berço de uma das civilizações mais antigas da história, as areias do Egito guardam memórias intocadas pelo tempo. Todos os anos, milhões de turistas desembarcam no destino atraídos pelos enigmas que resistem no país por milênios, em forma de monumentos arquitetônicos, história e cultura.
O fascínio desse povo antigo pela morte inspirou o suspense Morte no Nilo, de Agatha Christie, livro transformado no longa-metragem homônimo, sucesso de bilheteria. A produção estreou este mês e alcançou o topo do ranking de mais vistos no Brasil, com R$ 2,2 milhões arrecadados.
Além do enredo intrigante e da trama usada como fio condutor para a investigação do detetive belga Hercule Poirot, a atmosfera enigmática com boas doses de escapismo, características da cultura egípcia, certamente contribuíram para coroar o produção nas telonas.
Curiosos pelas paisagens do deserto e munidos do desejo de decifrar hieróglifos grafados em tumbas, viajantes partem rumo ao país e se encantam pelo profundo conhecimento matemático empregado nas pirâmides, com a imensidão do deserto do Saara e a notável imponência do rio Nilo, além das praias do Mar Vermelho.
Em termos de segurança
Ainda há quem empurre o sonho para o fim da lista de prioridades devido ao contexto socioeconômico. O Egito é, porém, um dos países do Oriente Médio mais seguros para o turismo. Principalmente por conta da religião muçulmana, furtos e roubos não são comuns por lá.
As recomendações de segurança são similares a maior parte dos países — priorizar andar em grupos e traçar sempre caminhos mais movimentados. Partir para o destino com uma agência de guias especializados é a maior dica para diminuir eventuais preocupações.
“Cairo é uma cidade totalmente segura, contudo, eu não recomendo que as pessoas viajem sozinhas, especialmente mulheres — não por perigo, de fato, mas pelo assédio, tanto de homens quanto de vendedores”, comenta a agente de viagens especializada em roteiros para o Egito Layla Zahra.
Outro aspecto que influencia a experiência de viagem é que existe uma alternativa egípcia para todos os bolsos. O primeiro passo é solicitar o visto, obrigatório para a entrada no território, na embaixada ou nos consultados do país no Brasil. Reserve R$ 115 para ele. Em termos de câmbio, uma libra egípcia equivale a cerca de R$ 3.
As passagens aéreas, atualmente, custam por volta de R$ 4 mil, e as opções de hospedagem no centro dependem do estilo do viajante — as estadias custam algo em torno de US$ 50 a 150 no centro de Cairo.
Melhor época para viajar
Assim como em qualquer programação, é a meteorologia que traça a melhor época do ano para desembarcar no destino. Entre junho e setembro, o calor do verão é bastante intenso — o que pode dificultar os passeios para alguns viajantes.
Os meses intermediários são opções mais certeiras, como abril, março, outubro e novembro. Porém, a recomendação não é restrita: viagens na temporada mais quente do ano também serão bem aproveitadas, especialmente pela atmosfera otimista que toma conta das cidades.
Clássicos
Basta pisar em Cairo para sentir o orgulho da capital pelo seu passado glorioso. A cidade é uma mistura de prédios modernos e bem estruturados, que contrastam com ruínas e construções antigas, conjunto que dá ao local um colorido que mistura o tom de areia e tijolos.
É na cidade que descansa o complexo de pirâmides de Gizé: a única maravilha do mundo antigo — e a mais velha delas — que continua de pé. Colada aos subúrbios da metrópole, a grande esfinge recebia os visitantes que alcançavam os monumentos vindos do rio Nilo e, atualmente, abre as portas para os turistas encantados coma suntuosidade do sitio arqueológico.
Além da grande pirâmide de Quéops, a necrópole é formada por outras estruturas imponentes: as pirâmides de Miquerinos e Quéfren, símbolos exuberantes de poder dos faraós da Quarta Dinastia. Para se ter uma ideia, à época em que Cleópatra comandou a nação, elas já estavam por lá há 2.500 anos.
No complexo, beduínos — como são chamados os povos nômades do deserto — circulam a área do complexo de prontidão à espera de turistas interessados em transitar de camelo com as pirâmides ao fundo. Some à lista de atrativos na capital a Praça Tahir e o Museu do Cairo, repleto de riquezas milenares — inclusive as famosas múmias e a máscara mortuária de Tutancâmon.
Nos arredores
A verdadeira riqueza histórica egípcia, no entanto, extrapola os limites da efervescente Cairo. Antiga Tebas, a cidade de Luxor foi capital do antigo Egito por mais de 150 anos, até ser deixada para trás pelo polêmico faraó Akhetaton, que decidiu construir a própria cidade para governar ao lado da esposa, Nefertiti. No governo do filho, Tutancâmon, a cidade recuperou seu posto e, atualmente, é considerada um museu a céu aberto às margens do rio Nilo.
Avançando um pouco mais para o sul do país, a cidade de Aswan abriga os famosos templos de Abu Simbel. A fama dos monumentos vai além dos fatos históricos que envolvem sua construção, por volta de 1280 a.C..
Por conta da represa construída pelo governo egípcio nessa área, os dois santuários seriam completamente submersos. A solução encontrada para preservá-los foi removê-los de seu local original e reconstruí-los em uma montanha artificial, alguns quilômetros mais distantes da água.
Pode dar praia
Os cruzeiros pelo Nilo são, na visão da consultora de viagens Layla Zahra, outro atrativo imperdível para quem deseja conhecer o país. Em geral, os navios seguem um padrão similar — funcionam em regime all inclusive e dispõem de cama confortável, restaurante com gastronomia típica da região, piscina e um certo sossego que pode ser considerado luxo quando comparado às cidades movimentadas.
Além do rio Nilo, o Egito também é berço do lendário Mar Vermelho, localizado no Oceano Índico. Ao sul da península do Sinai, as faixas de areia se estendem por diversas praias, e devido à escassa amplitude térmica de suas águas ao longo do ano, o mar mais cálido do mundo é lar de centenas de espécies animais e vegetais únicos. A biodiversidade peculiar consagra o local como um dos favoritos entre mergulhadores.
“O Egito não é feito só de pirâmides, mas abriga praias incríveis. Em todas as minhas experiências por lá, os turistas ficaram encantados pelo Mar Vermelho. É algo totalmente diferente de qualquer outro no mundo”, frisa Zahra.
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