Coronavírus: como cancelar voos para China ou Itália sem custo
Companhias aéreas como a Air France terão cancelamento gratuito, além de outras possibilidades diante do surto do vírus
atualizado
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Um dia após o fim do Carnaval, o Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus em território nacional nessa quarta-feira (26/02/2020). O paciente mora em São Paulo, tem 61 anos e esteve no norte da Itália entre 9 e 21 deste mês. Assim como ele, muitas pessoas já tinham viagem marcada ao país europeu, uma das localidades mais afetadas pela fatalidade fora da China, e não sabem o que fazer com as passagens aéreas e hospedagem, ou, mesmo, quais os direitos caso decidam ficar no Brasil.
“O fluxo de brasileiros para os países da Europa é muito grande, portanto, os casos irão aumentar a partir de agora”, alertou o infectologista Alberto Chebabo, diretor do Hospital da UFRJ e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia. “É importante que a vigilância epidemiológica funcione bem para identificação e bloqueio”, completou.
Quem tem viagem marcada para a Europa nos próximos dias deve usar o bom senso. “Se a viagem não for necessária, para que programar? Vamos esperar para ver como a doença se comporta. Mas não podemos parar a vida porque existe uma síndrome respiratória”, afirmou o ministro Luiz Henrique Mandetta, durante a coletiva de imprensa nessa quarta-feira (27/02).
O infectologista David Urbaez, da rede Exame-Dasa, recomenda que, se a viagem for para uma das regiões onde há transmissão sustentável, o ideal é adiar. “No caso da Itália, o mais adequado é esperar pelo menos um mês para avaliar como o vírus vai se comportar. Além do risco de contraí-lo, há o inconveniente de atrações turísticas como museus e teatros estarem fechados.
Em países como a China e a Itália, inúmeros eventos foram cancelados e pontos turísticos, fechados.
Como a crise afetou o setor de turismo, muitas companhias se tornaram mais flexíveis com o cancelamento de bilhetes adquiridos até o fim de janeiro ou início de fevereiro.
Veja como algumas delas se adaptaram ao surto de coronavírus:
Voos para a China
Qatar Airways, Air France, Turkish Airlines e KLM: cancelaram os voos para a China até o fim de março. Quem havia comprado passagens pode cancelar ou alterar a data do voo sem pagar nada por isso.
Air China: tem permitido alterações e cancelamentos gratuitos para viagens até o fim de junho, mesmo se o outro voo escolhido for mais caro.
Emirates: se o destino era Guangzhou ou Xangai, ambos na China, dá para cancelar a viagem recebendo o valor integral da passagem, ou alterar a rota e ir para Pequim ou Hong Kong até junho de 2020. Até abril do mesmo ano, é possível trocar os tíquetes por voos para Cingapura, Tailândia, Vietnã, Emirados Árabes e Seychelles.
American Airlines: oferece cancelamento ou alteração gratuita das reservas de quem viajaria até o fim de abril. As passagens podem ser usadas até junho ou alteradas para o Japão, até 331 dias depois da data original da viagem.
Voos para a Itália
KLM e a Air France: seguem operando voos para a Itália, mas fizeram alterações nas regras de cancelamento para passagens para o Norte do país (Milão, Veneza e Bolonha), emitidas originalmente até 25 de fevereiro. Elas poderão ser remarcadas para voar até o fim de março.
Latam: bilhetes para Milão podem ser mudados para até 15 dias depois da data original do voo, sem multa e sem cobrança de diferença de tarifa. Após esse período, não será aplicada multa, apenas a diferença tarifária.
Hospedagem
Airbnb: está reembolsando viajantes que fizeram reservas na China até o começo de fevereiro de 2020 para viajar até o início de abril de 2020.
Fonte: Eduardo Martins, diretor nacional do buscador de voos Viajala.com.br