Cinco motivos para fazer o “Maraturismo”, o turismo de maratona

Existe um grupo de pessoas que não viaja apenas para fins turísticos. Eles colocam na mala um par de tênis, roupas de ginásticas e procuram, nas cidades de destino, parques e pistas. Esses são os “maraturistas”, fãs da boa e velha corrida que toma conta das ruas ao redor do mundo.

A modalidade tem crescido gradativamente nos últimos quatro anos e, por isso, para facilitar a vida de quem valoriza o turismo não só pela viagem, mas também por uma boa atividade física, algumas agências já montam pacotes específicos com destino atrelado ao evento.

O dono da agência de turismo de Brasília Adventure Weekend, Glaucius Miguens, por exemplo, é maratonista. Ele garante que algumas competições já são conhecidas por receberem muitos atletas amadores ao redor do mundo, como Boston, Berlim, Rio de Janeiro e Nova York.

Duas das maratonas mais procuradas pelos corredores brasileiros são as de Buenos Aires e da Disney. Em 2011, a capital portenha recebeu 654 brasileiros, contra 751 presentes em 2014. Já a competição americana ganhou força e confirmou 348 brasileiros em 2011, contra 853 presentes em 2015.

Como a busca por essas atividades tem ganhado mais espaço no mercado, ela também acaba criando novos destinos.

explica Lays Carvalho, da agência brasiliense Conquistare Turismo Esportivo

A Maratona de Cuba, por exemplo, tem se tornado popular pois tem prova de 10 km, abrindo o leque de atletas. “O país caribenho é o destino da vez. Como está a todo momento nos noticiários, tem chamado a atenção e os atletas querem conhecer”, completou Lays Carvalho, da agência brasiliense Conquistare Turismo Esportivo.

As possibilidades de destino são infinitas e os as vantagens de fazer essa mistura também. “Viajar desta forma acaba se tornando uma motivação diária para os atletas. Além disso, as provas geralmente passam nos principais pontos turísticos da cidade, e esta, sem dúvida, é a melhor forma de conhecer uma cidade”, completa. Conheça outras vantagens de viajar:

1. Conhecer novos amigos
“Ao se tornar um maratonista, a pessoa acaba por escolher um novo estilo de vida. Por isso, nas viagens, você faz novos amigos que seguem o mesmo objetivo que você”, explica Glaucius.

2. Fazer o bom e velho turismo
Normalmente, a pessoa já interesse em conhecer a cidade, facilitando a vida do agente de turismo. A partir daí a data de viagem e a localização do hotel são organizados ao redor do evento. Os passeios, por outro lado, são marcado apenas para depois da prova.

3. Melhorar o desempenho
A data da viagem é sempre uma boa marca para alcançar metas. “Temos atletas de vários tipos e com objetivos diferentes. Os que querem fazer a prova e estão começando do zero levam, em média, um ano, ou mais de preparo”, avalia o nutricionista brasiliense e maratonista Victor Hugo Machado. “Já para os que treinam constantemente, mesmo sem o objetivo de fazer maratonas, quando focam para alguma prova específica, podem levar em torno de um semestre”, completou.

4. Conhecer o circuito natureba
Viajar com o propósito de ser um maratonista carrega um sentido todo diferente. Nada de procurar a pizza mais famosa da cidade, os docinhos mais cobiçados ou o food truck mais gostoso. Para os maratonistas, a dieta antes da corrida é bastante rigorosa. “O foco é ir para a prova, mas em todas as viagens que fiz consegui me programar de conhecer a cidade e pontos turísticos após a maratona”, analisa Machado.

5. Definir estratégias
Se você quiser embarcar nessa aventura, é preciso planejar. Antes de fazer a corrida, por exemplo não se deve fazer turismo pesado. “A alimentação e os passeios, dois dias antes da prova, são sempre voltados ao evento, depois disso começa-se a conhecer a cidade”, explica Glaucius. É importante também ficar de olho na variação climática do local para descobrir se é preciso algum treino específico para aclimatação. E, por fim, toda a alimentação deve ser focada especificamente em maratonas, sempre acompanhada de um profissional.