Childfree: cinco hotéis no Brasil para curtir o verão sem as crianças

Embora polêmico, o childfree, movimento que incentiva a proibição de crianças em determinados estabelecimentos, ganha força no Brasil. Simpatizantes da ideia defendem que certos ambientes em nada combinam com carrinhos de bebê, talheres de plástico e a inevitável gritaria dos pequenos. Restaurantes, companhias aéreas e hotéis têm adotado a política e retirado as brinquedotecas de vista.

Se a ideia soa como música para os seus ouvidos e tudo que você mais deseja é curtir uma viagem de verão sem a trilha sonora de Baby Shark ao fundo, o Metrópoles selecionou cinco hotéis brasileiros que não permitem crianças.

Mas, antes da seleção, para confirmar a legalidade dos empreendimentos, o portal acionou o Ministério do Turismo. Em nota, veio a confirmação de que hotéis exclusivos para adultos não são proibidos no país.

“Cabe destacar que o princípio do livre mercado possibilita a oferta de serviços desde que os empreendimentos sejam claros quanto às especificações desta comercialização perante seus consumidores. E, caso o cidadão se sinta prejudicado, poderá recorrer aos órgãos de defesa do consumidor ou ao Ministério Público”, diz o comunicado.

Nannai, Fernando de Noronha (PE)

O Nannai possui duas unidades pelo Brasil. A mais antiga, em Muro Alto, foi inaugurada em 2001 e passou a permitir crianças recentemente. “Com o tempo, percebemos que os hóspedes que passaram a lua-de-mel conosco tinham o desejo de retornar com os filhos. Foi então que investimos na estrutura do kids club e nas atividades infantis”, revela a coordenadora de marketing e experiências do Nannai, Liana Gonçalves. A de Fernando de Noronha, por outro lado, permanece sem autorizar menores de 12 anos.

O principal motivo da proibição, segundo a coordenadora, é que, em Noronha, a empresa gerencia uma pousada boutique, com estrutura e serviços mais enxutos em relação ao resort de Muro Alto. Não há, portanto, equipe de recreação, tampouco estrutura de lazer interessante para os pequenos. Em contrapartida, para os adultos, há uma vista de tirar o fôlego e bangalôs ideais para noites a dois.

Dádiva, Pirenópolis (GO)

Localizado no coração de Pirenópolis, o Dádiva é um hotel boutique perfeito para viagens românticas ou com os amigos.

As suítes são decoradas de maneira aprimorada, e a piscina do empreendimento é palco constante de pool parties regadas a generosos drinques do bar. 

 

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Kuriuwa, Monte Verde (MG)

O Kuriuwa é um hotel para viver a dois, conforme descrevem os proprietários. A poucos quilômetros do centro de Monte Verde, o empreendimento oferece vista para a serra da Mantiqueira e ambientes integrados à natureza.

Possui 17 acomodações com banheiras de hidromassagem e camas king size. Ainda ostenta cinema, piscina e varandas espaçosas. O transporte entre a recepção e os quartos é feito em charmosos carrinhos de golfe, o que abrilhanta (e muito) a experiência.

Ponta dos Ganchos Exclusive Resort, Governador Celso Ramos (SC)

Localizado em uma península particular na cidade de Governador Celso Ramos, a 60 km de Florianópolis, o Ponta dos Ganchos Exclusive Resort é rodeado por vila de pescadores e natureza exuberante.

Uma das principais características do hotel é a exclusividade. Em uma área de 80 mil m², estão localizados 25 bangalôs, divididos em seis categorias. Todas elas recebem até duas pessoas e proporcionam vista deslumbrante para o mar da Costa Esmeralda. Em algumas categorias, os bangalôs ainda oferecem piscina climatizada, sauna e banheira de hidromassagem.

Zank by Toque, Salvador (BA)

Outra opção de hotel exclusivo para adultos é o Zank by Toque, em Salvador. A localização do casarão histórico, onde o hotel está instalado, é no bairro Rio Vermelho, com vista para a praia da Paciência. O design interior, assinado por Judith Pottecher, é sofisticado e foi inspirado em diferentes estilos, como barroco e colonial.

Possui spa, piscina, academia e pacotes para os noivinhos de plantão.

 

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Exceção não pode virar regra

Apesar da alta nesse tipo de acomodação, o psicólogo Caio Pereira, especializado no atendimento de crianças, adolescentes e jovens adultos, não é a favor da tendência. Segundo ele, afastar os pequenos do convívio de adultos pode ser prejudicial para o desenvolvimento dos seres ainda em formação.

“As crianças precisam dos dois mundos. Elas devem conviver com outras crianças e não podem ser segregadas dos adultos. Deixar os filhos com os avós para uma viagem romântica tudo bem, mas esse comportamento não pode virar hábito”, pondera.

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