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Chapada dos Guimarães: viaje na imensidão de rochas afiadas pelo vento

Na primeira matéria da série Chapadas Brasileiras, descubra os paredões que abraçam a região em formato de muralhas alaranjadas

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Cachoeira Véu de Noiva na Chapada dos Guimarães
1 de 1 Cachoeira Véu de Noiva na Chapada dos Guimarães - Foto: Getty Images

Na borda sul do planalto central brasileiro, a Chapada dos Guimarães é um oásis de natureza bem preservada no coração do estado do Mato Grosso. Os paredões alaranjados a perder de vista fazem contraste com o verde da flora típica do cerrado, e não é de se admirar que as araras vermelhas tenham escolhido o destino para fazer morada.

Na série Chapadas Brasileiras, o Metrópoles te apresenta os encantos dos mosaicos que emolduram paisagens em território verde-amarelo. Cada uma com suas particularidades, mas extremamente ricas em belezas naturais, as chapadas são imperdíveis para os amantes de turismo de aventura e proporcionam uma experiência de conexão com a natureza singular.

Nesta primeira matéria da série, conheça a região do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. Embora não carregue a fama da baiana Diamantina, nem o misticismo de Veadeiros, a menor chapada do Brasil se agiganta em uma sequência de mais de 150 quilômetros ininterruptos de paredões de arenito que abraçam a região em forma de muralhas imponentes.

A cidade, que se desenvolveu sobre uma área de proteção ambiental, ganhou destaque como um destino de aventura após a criação do Parque Nacional, que protege amostras dos ecossistemas locais e assegura a preservação dos recursos naturais e sítios arqueológicos do destino. No interior do parque estão os principais atrativos da região, além de algumas nascentes dos rios formadores do Pantanal, a maior área úmida continental do planeta.

arara em galho acima da cachoeira véu de noiva

Como chegar

O destino, no Mato Grosso, fica a cerca de 1.010 km de Brasília. A melhor forma de chegar até o local é partir de carro da capital, Cuiabá, a 64 km do Parque Nacional. O acesso é feito pela Rodovia Emanuel Pinheiro – MT 251, que margeia e corta o parque em grande extensão.

Se o ponto de partida for a cidade de Chapada dos Guimarães, a entrada do Parque Nacional está a 11 km de distância. Ou seja, ir de carro é a forma mais confortável de chegar até o destino, garantindo mais autonomia para conhecer cada uma das belas paisagens. Porém, também passam por ali rotas de ônibus. O trajeto da rodoviária de Cuiabá para Chapada dura aproximadamente 1h30.

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Melhor época para visitar

Fora do período de pandemia, quando a recomendação é evitar viagens não essenciais, o parque pode ser visitado o ano todo. Contudo, como em qualquer destino de turismo de aventura, a época das chuvas — de dezembro a março — pode atrapalhar alguns passeios.

De julho a outubro, a seca e as temperaturas mais elevadas são um desafio para o viajante, mas tornam ainda mais gratificante a recompensa de se refrescar nas cachoeiras. Segundo guias locais, os melhores meses para visitar a região são abril, maio e junho — com céu azul e baixo índice pluviométrico. Entre agosto e setembro, existe um risco maior de queimadas.

Não podem faltar no roteiro

Olhando do alto de um dos mirantes da Cidade de Pedra, a Chapada dos Guimarães parece um imenso tapete verde que se estende em direção a Cuiabá, a pouco mais de uma hora dali. De lá, também é possível avistar o início da famosa planície pantaneira.

Apaixonada pelos encantos do cenário, a mato-grossense Micheli Serra se mudou para a cidade há mais de 11 anos, e elegeu a Chapada como um lugar tranquilo para criar os filhos em meio à natureza. Atualmente, ela é guia de turismo e agente cultural dos Guimarães, e destaca os encantos do lugar.

“Estamos em uma região geográfica extremamente relevante para o Brasil e que, apesar de ser considerada pequena, tem muitos atrativos importantes”, pondera.

 

Cachoeira Véu de Noiva na Chapada dos Guimarães
Cachoeira Véu de Noiva

Entre os lugares que fazem do destino um roteiro memorável, Micheli elenca a cachoeira Véu de Noiva, um dos cartões-postais do parque, com seus 86 metros de altura. O cânion, sobrevoado pelas araras vermelhas que escolheram o local paradisíaco para abrigar seus ninhos, é uma imensa cidade de rochas afiadas pelos ventos.

Nos 33 mil hectares de área preservada, também fica a famosa gruta Casa de Pedra, esculpida naturalmente pelo córrego Independência. Do alto da Cidade de Pedra, é possível ver boa parte do Parque Nacional, com uma vista de tirar o fôlego.

Chapada dos Guimarães
Vista da Cidade de Pedra

Há ainda o Circuito das Cachoeiras, cujo percurso de 7 quilômetros passa pelas quedas Sete de Setembro, do Pulo, Prainha, Degraus e Andorinhas e por duas piscinas naturais. Para chegar ao Morro São Jerônimo, um dos pontos mais altos da Chapada, são oito horas de trilha que passa por formações areníticas curiosas, como o Jacaré de Pedra, a Pedra Furada e a Mesa do Sacrifício.

A guia turística também recomenda, fora do Parque, o complexo de cavernas Aroe Jari — nome indígena que quer dizer “morada das almas” — com muitos trechos submersos e a famosa Lagoa Azul.

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Lagoa Azul
Cachoeira da Martinha
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Caverna Aroe Jeri

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Lagoa Azul

Reprodução/Pinterest
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Cachoeira da Martinha

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O que levar na mala

Na hora de elaborar o checklist, não se esqueça dos itens básicos para um destino de aventura: protetor solar, chapéu ou boné, repelente, óculos de sol, sapato próprio para trekking, roupas confortáveis e roupas de banho para se banhar nas cachoeiras. Nas noites de inverno, a temperatura costuma cair, então, não esqueça de adicionar um bom casaco à mala.

Ao sair para fazer os passeios, lanchinhos e garrafas de água são um truque para arrematar os momentos de descanso nas trilhas em meio à natureza.

Onde se hospedar

Após um longo dia de trilhas, o retorno ao centro da cidade também é uma atração à parte. Fora do contexto da pandemia, em torno da praça onde fica a Igreja de Santana, estão distribuídos bares, restaurantes e pequenos comércios de artesanato local, alguns com influência indígena da região do Xingu.

“Temos restaurantes com vistas lindas, também no alto de mirantes, e quase todos servem comidas típicas daqui — como o arroz com pequi, farofa de banana, mugica de pintado e ventrecha de pacu”, indica Micheli.

O local também oferece uma porção de hospedagens charmosas, como a Jardim da Chapada, a Pousada do Parque, a Pousada Penhasco e a Paraíso dos Guimarães. Em conexão com a natureza, a pousada Cantos da Mata é um espetáculo à parte, em meio à calmaria do cenário bucólico.

Para desbravar os encantos da região em sua plenitude com segurança, é importante contratar um guia turístico. Micheli recebe os visitantes da Chapada, e atende no número: (65) 99222-5492.

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