Aproveite a temporada e assista às baleias no Uruguai e Sul do Brasil
Entre julho e novembro, a espécie franca-austral vem até Florianópolis, em busca de águas calmas para se reproduzir e cuidar dos filhotes
atualizado
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Todo ano, de julho a novembro, as costas argentina, uruguaia e brasileira recebem visitantes ilustres. Em busca de águas calmas e mais quentes para se reproduzirem e darem à luz seus filhotes, as baleias-francas-austrais fazem o seu balé e encantam os turistas com saltos, caudas e esguichos em formato de V.
Esse tipo de baleia já foi caçado por causa da quantidade de óleo capaz de ser produzida a partir de seu corpo, e quase entrou em extinção no século 19, quando sua população foi reduzida em 90%. Hoje, estima-se que 10 mil exemplares estão espalhados pelos mares ao sul do planeta. As francas-austrais podem atingir 18 metros de comprimento e pesar até 90 toneladas. As fêmeas costumam ser fiéis ao local onde dão à luz e cuidam dos filhotes (segundo pesquisas, os pequenos tendem a voltar ao lugar onde nasceram, depois de adultos).
Os melhores locais para se avistar esses animais em território nacional ficam na Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, que se estende por 156.100 hectares na costa centro-sul de Santa Catarina – de Balneário Rincão até o sul de Florianópolis. Há uma lei federal e uma portaria do Ibama que garantem a proteção das baleias durante a observação. As embarcações podem chegar a 100m de distância, com os motores desligados e durante, no máximo, meia hora. É expressamente proibido nadar com as criaturas, devido ao risco alto de acidentes.
No Uruguai, os turistas podem contar com estrutura especializada, incluindo embarcações e observatórios em terra firme. As melhores cidades para se ver os cetáceos são Punta del Este, Piriápolis e Rocha. Graças a um decreto do país, estão proibidas atividades que perturbem os animais – por isso, é preciso estar a pelo menos 300m de distância deles.
Para se encontrar as baleias, as dicas são procurar gaivotas voando ao redor de uma área específica (esses pássaros se alimentam de piolhos-de-baleia, crustáceos que ficam nos calos dos animais) e redemoinhos no mar (podem indicar espécies submersas). Se o destino for no Brasil, o projeto Baleia Franca pode ajudar: no site, há uma área específica na qual se atualiza, em tempo real, onde foram vistos os gigantescos mamíferos adaptados à vida aquática.