Sente fome o tempo todo? A culpa pode ser do seu intestino. Entenda
Esse órgão hospeda microorganismos essenciais à saúde, entre eles os probióticos, bactérias que auxiliam na metabolização de alimentos
atualizado
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Se existe uma questão que dificulta o emagrecimento é o excesso de apetite. Muita gente põe a culpa de estar sempre beliscando algo na ansiedade, na TPM ou até em um treino mais puxado feito anteriormente. Entretanto, existe uma causa que pode acarretar no aumento considerável do apetite: o intestino, diretamente ligado à sensação de saciedade.
Esse órgão hospeda trilhões de microorganismos essenciais à saúde, entre eles os probióticos, bactérias que auxiliam na metabolização de determinados alimentos e substâncias.
Estudos recentes mostram que quanto maior a diversidade dessas bactérias intestinais, melhor o reflexo nos parâmetros de saúde, inclusive na prevenção de diabetes e doenças metabólicas.
Quando ingerimos fibras e proteínas, por exemplo, essas bactérias ajudam a realizar a metabolização dessas substâncias e, como produto dela, são obtidos os ácidos graxos de cadeia curta, conhecidos como butirato e propionato.
A maior concentração desses ácidos graxos na corrente sanguínea, por sua vez, está associada à produção de neuro-hormônios que controlam o apetite, como o GLP-1 ou peptídeo YY.
Esses neuro-hormônios são produzidos no intestino a partir da presença de nutrientes e, através deles, são enviados sinais ao cérebro de que estamos saciados, reduzindo a sensação de fome.
Por isso, ao comer um volume muito grande, não sentimos saciedade imediata. Acreditamos até conseguir comer um pouco mais quando, de repente, a saciedade vem. Eis o tempo dessa sinalização acontecer.
Para quem não sabe, o GLP-1 é o hormônio o qual as canetinhas para fins de emagrecimento, como o Ozempic, imitam. Logo, esses hormônios garantem a saciedade e, não à toa, viraram febre sob forma de medicamento. Por isso, se quiser emagrecer com qualidade, melhore a qualidade dos nutrientes da sua alimentação, e priorize o equilíbrio intestinal.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica