Seis regras inusitadas que funcionários da realeza britânica devem seguir
Os trabalhadores reais precisam agir dentro de protocolos inusitados, mas considerados respeitosos pela cultura da nação
atualizado
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Regras e protocolos de convivência fazem parte da realidade dos membros da realeza britânica desde o nascimento. Com os trabalhadores, não é diferente. As normas são variadas e incluem desde o preparo de refeição para os animais de estimação e xícaras de chá na temperatura perfeita até a proibição de cosméticos com cheiro.
De acordo com a escritora britânica Ingrid Seward, em entrevista ao portal The Sun, embora as diretrizes da família real pareçam “modos antiquados”, são considerados extremamente importantes para o bom convívio entre todos do palácio.
A seguir, veja seis regras que os trabalhadores precisam seguir em respeito à realeza:
Sem cheiro
Loções pós-barba, cremes de pele ou cabelo, desodorantes e perfumes não podem ter cheiros desagradáveis, ou “opressores”, como nomeia Ingrid. O ideal, portanto, é que o membro da realeza não consiga sentir os odores corporais do empregado.
Servir os pets
Durante sua carreira, o chef de cozinha Darren McGrady pôde servir não somente à rainha Elizabeth II, a princesa Diana e aos dois príncipes, William e Harry. O cozinheiro também teve que preparar refeições frescas diárias para os animais de estimação da monarca. O “menu à la carte” dos corgis era composto por carnes, como de coelho e fígado, repolho e arroz.
Enquanto trabalhava para o palácio, Darren contou, em seu canal no YouTube, que a rainha tinha 12 corgis, raça de cachorro comum na Inglaterra. Segundo o chef, eles dormiam em cestos de vime numa espécie de “sala do corgi” e recebiam tratamento especial.
Em uma das ocasiões, ele revelou que a própria rainha serviu a refeição aos pets. “[Ela] colocou a comida em ordem de precedência. Assim, o mais velho comeu primeiro e o mais novo, por último”, contou Darren.
Chá perfeito
Os britânicos são conhecidos por serem especialistas em chás, por isso, a família real leva o momento bem a sério. Ingrid Seward conta que a bebida deve ser servida conforme cada detalhe do desejo dos membros reais, assim como o modo de preparo de cada sabor.
Esconda-se!
Dentro dos corredores do palácio, além de serem sempre gentis e solícitos, os funcionários devem se esconder quando avistarem um membro real. “Se alguém estiver limpando e um membro da família real aparecer, você precisa sair de sua visão”, explicou ela.
De acordo com o escritor e produtor de filmes Peter Russell, a regra é uma das mais extremas que a equipe deve seguir. “O melhor servo é aquele que não é visto nem ouvido”, disse no documentário Royal Servants, de 2011. Ele trabalhou como “servo real” de 1955 a 1968.
“Eles querem você lá, mas não querem ver você lá. Eles querem você lá porque você tem que estar lá. Eles querem você lá porque eles não podem viver sem você”, descreveu o britânico.
Outra norma relacionada ao ir e vir dos funcionários é que, segundo o The Daily Beast, eles devem caminhar apenas pelas laterais dos tapetes, para evitar “desgastar os fios”.
Sem fofoca
Ao trabalhar diariamente no palácio, é normal que os colaboradores saibam de informações privilegiadas sobre a família real. Por esse motivo, espera-se discrição de todos dentro e fora do ambiente de trabalho. Exemplo da intolerância à fofoca são os extensos contratos que governantas e babás dos membros precisam assinar antes de iniciar os trabalhos.
Formalidade, sempre
Independentemente de ser membro real, funcionário ou apenas cidadão, o tratamento formal com a rainha e seus parentes deve ser o mesmo. O site oficial da realeza explica que homens e mulheres devem fazer uma pequena reverência.
Além disso, o pronome de tratamento a ser utilizado com a monarca é primeiro “sua majestade” e depois “senhora”. Para outros membros reais, começa-se com “sua alteza real” e, em seguida, “senhor ou senhora”.