Saiba quando os alimentos processados são “autorizados” em uma dieta
Ao contrário dos alimentos ultraprocessados, alguns processados podem, inclusive, ser considerados saudáveis. Entenda!
atualizado
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Já não é novidade para ninguém que os alimentos ultraprocessados, em sua totalidade, devem ser evitados no dia a dia. Os in natura, por sua vez, oferecem benefícios à saúde, além do organismo ter uma necessidade biológica desse tipo de alimento. Contudo, algumas terminologias podem gerar confusão, e há quem considere que alimentos ultraprocessados e processados representem a mesma coisa, por isso, é preciso entender do que se tratam.
Os alimentos ultraprocessados, não de hoje, são associados ao surgimento de mais de 34 tipos de câncer, além de inúmeras outras doenças. Para entender quando definimos um alimento nessa categoria, basta analisar o rótulo dele.
Os ultraprocessados contêm uma lista de ingredientes extensa, normalmente com diversos nomes esquisitos, regados de substâncias químicas que possuem a função de aumentar o tempo de prateleira do produto, como também de potencializar o aroma, a textura e o sabor, sem ter qualquer compromisso com a saúde.
Esses alimentos podem estar associados até a vícios alimentares, já que geram sensações prazerosas, como o caso de biscoitos recheados, refrigerantes, chocolates, macarrão instantâneo, dentre outros. O ideal é não se deixar levar, pois a experiência sensorial promovida por esses itens pode custar caro, segundo a ciência. Não podemos colocá-los como proibidos, mas, de certo, o consumo deve ser ponderado — e muito.
Apesar de nomes semelhantes, os alimentos processados não são iguais aos ultraprocessados. Existem alimentos processados que podem, inclusive, ser considerados saudáveis, como é o caso do leite pasteurizado, dos queijos e das carnes congeladas, que se tornam mais seguros por meio do processamento.
É preciso ter em mente que o processamento se trata de uma técnica milenar, que não apenas ajuda a tornar o alimento mais conveniente como também mais seguro para consumo.
A consciência sobre os benefícios dos alimentos processados com segurança tem crescido e reforçado a sua importância na saúde. Um processamento seguro é o que viabiliza uma variedade de alimentos saudáveis durante todo o ano, como o caso das frutas, dos vegetais — que não são acessíveis durante todas as estações em algumas regiões.
O processamento é o que preserva a qualidade nutricional, preconizando a sua conservação. As pessoas com vida corrida, inclusive, podem manter uma rotina saudável, ainda que em meio a agitação, justamente pela possibilidade do processamento. Isso porque os alimentos, como iogurtes sem adição de açúcar, barras de cereais com ingredientes naturais e sopas com baixo teor de sódio, representam opções convenientes para pessoas que desejam manter uma alimentação saudável, mesmo em meio à correria do dia a dia.
Logo, não é porque o alimento teve alteração do seu estado natural que ele será, obrigatoriamente, um alimento ruim. O processamento, por muitas vezes, facilita que tenhamos acesso a alimentos mais seguros, pois, ao passar por técnicas alimentares como limpeza, congelamento, refrigeração, moagem e fermentação, já os classifica como processados.
Para ter certeza de que está fazendo boas escolhas, basta ler o rótulo do produto. Quando minimamente processado, aquele alimento estará mais próximo do seu estado natural, o que é totalmente contrário aos ultraprocessados.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica