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Saiba por que Vladimir Putin é um desafeto da rainha desde 2003

Relembre o desentendimento que a monarca inglesa teve com o déspota russo no passado

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Vladimir Putin, de terno, e a Rainha Elizabeth, de vestido verde, lado a lado em ambiente interno. Ambos sorriem - Metrópoles
1 de 1 Vladimir Putin, de terno, e a Rainha Elizabeth, de vestido verde, lado a lado em ambiente interno. Ambos sorriem - Metrópoles - Foto: Getty Images

Ao entrar em guerra contra a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, desagradou diversos chefes de Estado, entre eles, a rainha Elizabeth II  — que acaba de fazer uma “doação generosa” para refugiados ucranianos. Mas, esta não é a primeira vez que o déspota russo provoca a ira da monarca inglesa.

Em 2003, o tirano testou a paciência da matriarca da dinastia Windsor. Ele a deixou esperando por 14 minutos em uma visita oficial ao Reino Unido.

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O déspota russo ao lado da monarca inglesa
Rainha Elizabeth tem 95 anos
Ela está no poder há sete décadas
Família real britânica
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Vladimir Putin ao lado da rainha Elizabeth II em visita ao Reino Unido em junho de 2003

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O déspota russo ao lado da monarca inglesa

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Rainha Elizabeth tem 95 anos

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Ela está no poder há sete décadas

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Família real britânica

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No momento em que ele finalmente apareceu, o cachorro de David Blunkett, secretário da rainha à época, ainda rosnou para o presidente, arrancando uma resposta afiada da soberana. “A única vez que encontrei Vladimir Putin foi em 2003 em uma visita oficial e meu cachorro latiu muito alto para ele. Eu me desculpei com a rainha, e ela disse: ‘Cães têm instintos interessantes, não?'”, declarou Blunkett à BBC.

O governante russo também é desafeto de outros membros da realeza britânica. O príncipe Charles, por exemplo, comparou o déspota a Adolf Hitler e criticou veementemente a guerra ordenada por ele contra o povo ucraniano. Vale ressaltar que, ao se posicionar, o futuro rei da Inglaterra quebrou o protocolo real de neutralidade em conflitos políticos.

Rússia x Ucrânia: entenda conflito entre países que já foram uma nação

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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