Saiba como seu corpo reage quando você bebe cachaça regularmente
Para se ter uma ideia, um copinho de 45 ml contém cerca de 14 g de puro álcool — comprometendo a saúde e o bem-estar
atualizado
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Muito tradicional no Brasil, a cachaça é utilizada para abrir o apetite, na roda de bar com os amigos ou até para refrescar em dias de calorzão. Entretanto, a bebida pode não ser tão inofensiva assim, principalmente a depender da quantidade ingerida.
Para se ter uma ideia, um copinho de 45 ml contém cerca de 14 g de puro álcool, ou seja, entre 38% a 54% consiste, basicamente, em álcool. Com isso, além da substância causar dependência — por ser uma substância psicoativa —, o seu impacto na vida das pessoas é extremamente negativo.
É estimado que, no Brasil, sejam ingeridos 7 litros de bebida por pessoa, anualmente. Esse volume, por sua vez, não se restringe ao território nacional. Mundialmente, estima-se que o consumo desse destilado pode estar ligado à morte de 3 milhões de pessoas, representando 5,3% entre todas as causas de óbitos.
Já no âmbito da ciência, evidências apontam que os impactos negativos do consumo do álcool no organismo são robustos, necessitando de ações para proteção da saúde pública.
O álcool não é bem metabolizado pelo organismo, gerando metabólitos tóxicos nesse processo. Dessa forma, o seu consumo é prejudicial, independentemente da idade, sexo, etnia, tolerância ou até mesmo estilo de vida.
Os efeitos crônicos da cachaça se dão com alterações neurológicas, doenças do fígado (como esteatose hepática e cirrose), problemas cardiovasculares, riscos de câncer e aumento da gordura corporal. Além disso, outros danos podem ser imediatos, como dor de cabeça e enxaqueca, alterações no sono, deficiências cognitivas (dificuldade de atenção, controle, julgamento e concentração), perda da memória e apagões, intoxicações e perda das funções básicas do organismo.
Já a longo prazo, alterações do sono, humor e personalidade, pensamentos suicidas,
demências e dependência alcoólica também podem ser esperados. Para se ter ideia, a chance de morte por hipertensão também pode aumentar em 7% em quem faz uso constante da bebida.
Por isso, para manter a saúde em dia, evite o consumo alcoólico e sempre intercale com a ingestão de água.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica