Rainha Elizabeth II é substituída em eventos por dublê de corpo há 30 anos
A substituta contou detalhes da profissão, que não a permite atuar publicamente no papel da representante oficial
atualizado
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A agenda lotada com compromissos reais não permite que a rainha Elizabeth II, à frente do Reino Unido desde 1952, esteja em todos os lugares em que é requisitada. Assim, nem sempre é possível que a alteza compareça em ensaios e preparações para grandes ocasiões. Esses testes são importantes para que, no momento final, ela não fique em lugares incômodos. Para evitar que esse problema, a realeza optou pela contratação de uma dublê de corpo em 1988.
Ella Slack é “substituta” da monarca há mais de 30 anos, conforme revelou ao site Great Big Story. Sua função consiste em, basicamente, se posicionar como se fosse a rainha antes de eventos reais, como nos casamentos dos netos. Isso ajuda a produção a encaixar a monarca no lugar perfeito.
“Provavelmente, fui uma ‘posição’ da rainha mais de cinquenta vezes. Não me pareço com ela, mas tenho a mesma altura e biotipo”, disse.
Tudo começou quando, durante um memorial de guerra, Elizabeth II caiu em uma “cilada”: a colocaram em um lugar no qual o sol ficava bem em seus olhos. Acompanhando o imbróglio e à época gerente da emissora BBC, que gravava a ocasião, Ella se dispôs a se passar pela monarca e garantir que tudo fosse resolvido.
“Eu disse: ‘Você gostaria que eu fosse e me posicionasse para você?’. Naquele dia, todos os gerentes de palco eram homens de um metro e oitenta!”, relembrou.
Desde então, Ella atua como dublê para a rainha antes de momentos marcantes. Segundo a britânica, é um prazer acompanhar a agenda da monarca. Em sua trajetória, ela teve oportunidades de presenciar eventos especiais e se sentar em lugares prestigiados, como a carruagem real da rainha.
Em 2012, a dublê contou ao Daily Mail que não aceitava dinheiro em troca dos serviços, mas não comentou sobre isso na entrevista recente.
Por fim, tal qual os demais membros reais, a senhora de 80 anos também precisa seguir protocolos. “Eu nunca tive permissão para sentar no trono da Câmara dos Lordes. É uma regra muito estrita”, completou. Além disso, nunca apareceu publicamente no papel da representante oficial, algo que poderia render até pena de morte há algumas décadas.