Quantos ovos comer para manter a saúde e o emagrecimento? Descubra
Os ovos não são vilões da dieta e, quando colocados em protocolo alimentar individual, podem fazer muito pela saúde
atualizado
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Se existe um alimento que dá “pano para manga” é o ovo. Ele já foi associado ao aumento do colesterol, além do risco de comprometer a saúde cardiovascular. No entanto, um novo estudo revelado na Sessão Científica Anual do American College of Cardiology e realizado por pesquisadores do Instituto Duke de Pesquisa Clínica em Durham, na Carolina do Norte (EUA), apontou que não é bem por aí.
Foi constatado que os níveis de colesterol entre as pessoas que comeram até 12 ovos fortificados na maior parte da semana — incluindo os indivíduos com riscos para doenças cardiovasculares — foram bem semelhantes aos dos que não comeram ovos.
“Os padrões e hábitos alimentares podem ter uma influência notável sobre estes, e há muitas informações conflitantes sobre se os ovos são seguros ou não para consumo, especialmente para pessoas que têm ou estão em risco de doenças cardíacas”, defendeu a principal autora da pesquisa, a médica Nina Nouhravesh.
Ovos são alimentos completos
O ovo é um alimento completo: tem proteínas, gorduras, vitaminas e minerais. No entanto, a presença de gordura saturada no alimento gera conflitos sobre os limites diários e seguros de consumo. Porém, o estudo acrescentou que o problema está inserido naquilo que acompanha os ovos nas refeições, como bacon, presunto e outros alimentos ultraprocessados ou também ricos em gorduras.
Os ovos fortificados, para quem não sabe, são aqueles que possuem maior teor de ômega-3, iodo e vitaminas D, B e E – eles apresentam menos gordura saturada do que os ovos normais. Apesar das vantagens reveladas, especialistas recomendam não exagerar no consumo do alimento. Para aqueles com riscos cardiovasculares, duas unidades por dia pode ser o suficiente.
Optar por ovos fortificados pode ser ainda melhor, já que eles têm maior teor de ômega 3 — que previne problemas cardiovasculares –, e menor teor de gordura saturada.
Outra estratégia é desprezar as gemas, uma vez que é nessa parte que está concentrado o colesterol.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica