Produto viraliza por simular efeito do Ozempic; veja se funciona mesmo
Existe um alimento baratinho e que, recentemente, viralizou na web ao ser considerado uma versão mais acessível do Ozempic
atualizado
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Existe um alimento baratinho e que, recentemente, viralizou na web ao ser considerado uma versão mais acessível do Ozempic, medicamento famoso por ajudar na perda de peso. Trata-se do psyllium, matéria-prima que, supostamente, teria efeito equivalente à medicação quando o assunto é emagrecimento. Será mesmo?
O psyllium é uma fibra solúvel que passa pelo intestino delgado sem ser completamente decomposto ou absorvido. Dessa forma, pode ser uma mão na roda a quem deseja perder alguns pontinhos na balança. A casca do psyllium também atrai água à medida em que é digerida, tornando-se um gel viscoso.
Dessa forma, o produto natural acaba tendo efeito laxativo e ajudando quem sofre com constipação, quando ingerido junto a uma dieta saudável, com consumo equilibrado de água.
Os benefícios colaboram, ainda, para controlar os níveis de colesterol e a quantidade de açúcar no sangue.
Consumir o psyllium, por si só, não fará ninguém emagrecer. Entretanto, se a ingestão calórica estiver controlada e com a rotina de atividade física em dia, ele será um excelente aliado por conta do seu impacto na saciedade e na regulação do açúcar sanguíneo.
Comparado ao Ozempic, porém, o psyllium sai em desvantagem. Isso porque o medicamento contém semaglutida, substância que imita o glucagon (GLP-1) do organismo, responsável por sinalizar ao cérebro que você está satisfeito, fazendo com que a digestão seja retardada e o alimento leve mais tempo para sair do organismo.
Já a casca do psyllium pode colaborar com a saciedade e fazer com que a pessoa coma menos, mas sem efeitos químicos que impactem quimicamente no organismo.
Isso, no entanto, não é motivo para desanimar. Um estudo já associou que 10,2 gramas do grão no café da manhã e do almoço levam a redução significativa do apetite.
Por isso, antes de recorrer às medicações visando emagrecimento, é necessário ajustar a rotina alimentar. Lembrando que medicamentos só podem ser prescritos com a supervisão de um médico.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica