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Príncipe William revela “tristeza profunda” em discurso na Jamaica

Neto da rainha Elizabeth II confessou que o histórico escravocrata “mancha” a história do país durante tour para celebrar Jubileu da rainha

atualizado

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1 de 1 homem andando ao lado de soldados - Foto: Getty Images

O príncipe William se posicionou sobre o histórico escravocrata do Reino Unido em um discurso na Jamaica. Segundo na linha de sucessão ao trono britânico, o duque rotulou a prática como “abominável” e expressou profunda tristeza pelo passado do país em pronunciamento na última quarta-feira (23/3).

O neto da rainha Elizabeth se referiu ao passado do Reino Unido durante um jantar promovido pelo governador-geral da Jamaica, Patrick Allen. Ele e a esposa, Kate Middleton, estão visitando o país durante o tour do Jubileu de Platina, em homenagem aos 70 anos da rainha Elizabeth no trono.

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Kate e William em Belize, primeiro destino da turnê
William e Kate desembarcando em Kingston, na Jamaica
O Casal foi recebido com carinho pelos locais
Passeio em Trench Town
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Os duques de Cambridge em Belize, no início da tour do Jubileu

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Kate e William em Belize, primeiro destino da turnê

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William e Kate desembarcando em Kingston, na Jamaica

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O Casal foi recebido com carinho pelos locais

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Passeio em Trench Town

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O futuro rei da Inglaterra chamou o histórico escravocrata do país de uma “atrocidade terrível” e “mancha na nossa história”, de acordo com o portal The Sun. William fez coro às palavras do pai, príncipe Charles, sobre o sofrimento inimaginável que as práticas imperialistas causaram.

“Concordo fortemente com meu pai, o príncipe de Gales, que disse em Barbados no ano passado que a terrível atrocidade da escravidão mancha para sempre nossa história. Quero expressar minha profunda tristeza. A escravidão era abominável. E isso nunca deveria ter acontecido”, afirmou.

Ele continuou o discurso defendendo que, apesar da “dor profunda, a Jamaica continua a forjar seu futuro com determinação, coragem e fortaleza. A força e o senso de propósito compartilhado do povo jamaicano, representados em sua bandeira e lema, celebram um espírito invencível”, completou.

Críticas do partido jamaicano

Em artigo publicado no The Guardian, a chefe de gabinete do Ministério das Relações Exteriores da Jamaica, Lisa Hanna, criticou o príncipe ao citar o discurso dele.

“Condenar a escravidão sem ação, como o príncipe Charles e o príncipe William fizeram, não é particularmente ousado, nem mostra coragem. Espero que esta retórica seja um começo e não um fim para sua jornada na questão das reparações e da justiça”, escreveu.

Figura política influente na ilha caribenha, Hanna faz parte do Partido Nacional do Povo, conhecido por defender que o território na América Central retire a rainha Elizabeth da posição de chefe de Estado do país. A nação é independente do Reino Unido desde 1962, mas optou por manter a monarca no poder.

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