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Pessoas com vitiligo e albinismo repudiam falas de Natália no BBB22

A sister, que venceu o paredão dessa terça-feira (25/1), propagou informações falsas sobre a condição que tem, o vitiligo, no BBB22

atualizado

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TV Globo/Larissa Dandara
natalia bbb
1 de 1 natalia bbb - Foto: TV Globo/Larissa Dandara

Natália Deodato escapou do primeiro paredão do BBB22, realizado nessa terça-feira (25/1). Agora, pessoas com doenças de pele e dermatologistas esperam que a sister use o tempo no reality show para propagar informações úteis sobre a condição que tem, o vitiligo, ao contrário do que tem feito até então.

Em uma fala polêmica e equivocada dentro da casa mais vigiada do Brasil, a modelo e designer de unhas afirmou que as manchas claras do vitiligo podem evoluir para um quadro de albinismo. A declaração causou repúdio, sobretudo nos telespectadores com problemas de pele que se viram representados e torciam pela mineira de 22 anos desde a primeira aparição dela na televisão.

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Aos 9 anos, ela recebeu o diagnóstico da doença autoimune e precisou aprender a lidar com a condição que a acompanhará pelo resto da vida
A mineira chegou a fazer tratamentos dolorosos durante a infância para conter o vitiligo, mas, após alguns anos, decidiu que as marcas não seriam um problema e as assumiu
A jovem de 22 anos e é modelo e designer de unhas
Natália venceu o primeiro paredão do BBB22
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Natália é a primeira participante da história do reality show com vitiligo

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Aos 9 anos, ela recebeu o diagnóstico da doença autoimune e precisou aprender a lidar com a condição que a acompanhará pelo resto da vida

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A mineira chegou a fazer tratamentos dolorosos durante a infância para conter o vitiligo, mas, após alguns anos, decidiu que as marcas não seriam um problema e as assumiu

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A jovem de 22 anos e é modelo e designer de unhas

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Natália venceu o primeiro paredão do BBB22

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“Confesso estar muito abalada com as informações que a Natália tem disseminado no BBB22. Sei que a presença dela no programa por si só já traz uma grande representatividade para nós que temos vitiligo, mas nada justifica o compartilhamento de fatos inverídicos para todo o país”, lamenta a modelo Larissa Sampaio, de 20 anos.

O jovem Samuel Sollar, de 24, também manifestou descontentamento com a fala de Natália. Ele discorre sobre o assunto pela óptica de quem tem albinismo. “Ainda estamos caminhando para que o albinismo chegue à grande mídia com uma representação positiva e real, fora dos esteriótipos e estigmas do senso comum. A Natália, do BBB22, se confundiu um pouco sobre o que é e o que caracteriza o albinismo e o vitiligo. Ambas as condições genéticas compartilham algumas semelhanças, mas há também muitas diferenças”, destaca o também modelo.

“Em comum, além da sensibilidade e dos cuidados especiais com a pele, estamos lutando por mais acessos e políticas públicas específicas, especialmente na área da saúde”, complementa.

Larissa e Samuel se uniram para gravar e publicar um vídeo esclarecendo as especificidades de cada doença no Instagram. Até o momento, a gravação acumula mais de 50 mil visualizações e 540 comentários. “Muito necessário”, parabenizou uma internauta.

Vitiligo X Albinismo

A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Distrito Federal (SBD-DF), Rosa Matos, faz coro ao discurso dos jovens e, assim como eles, caracteriza a fala de Natália como um desserviço.

“Ela confundiu duas patologias que afetam a formação da cor da pele de maneiras completamente diferentes”, diz.

“O vitiligo é uma condição adquirida ao longo da vida cuja a origem é desconhecida, mas que, hoje, a tendência é acreditarmos que ela seja uma doença autoimune. Em pacientes com a patologia, observamos a destruição progressiva das células produtoras do pigmento da pele, os melanócitos, geralmente em ambos os lados do corpo”, elucida. A profissional explica, ainda, que o vitiligo tem tratamento. “A doença, no entanto, pode evoluir para a forma universal, afetando 90% do corpo de maneira pouco comum”, incrementa.

O albinismo, por sua vez, é uma mutação genética que faz com que o indivíduo tenha falta de cor na pele, nos olhos e nos pelos. “Geralmente, os pacientes com albinismo têm problemas de visão e maior risco de câncer de pele. Vale ressaltar que eles já nascem com a patologia e apresentam ausência de melanina no corpo”, revela.

Por fim, a dermatologista frisa que são doenças completamente diferentes, com evoluções igualmente únicas. “Ambas, porém, geram preconceito e não são contagiosas. Importante levantarmos o assunto e reforçarmos o movimento body positive“, conclui.

A seguir, assista ao vídeo em que Natália fala, de maneira equivocada, sobre as duas condições.

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