Pesquisadores revelam os 4 hábitos que te ajudam a chegar aos 100 anos
Os pesquisadores Perminder Sachdev e Zhaoli Dai-Keller analisaram 34 estudos publicados para descobrir o “segredo” dos centenários; confira!
atualizado
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Viver mais tempo e com saúde é a meta de muitas pessoas. Embora não exista uma fórmula mágica para a longevidade, alguns estudos têm mostrado que seguir determinados hábitos ao longo da vida pode ajudar a chegar aos 100 anos.
Pensando nisso, os pesquisadores Perminder Sachdev, neuropsiquiatra radicado na Austrália, e Zhaoli Dai-Keller, epidemiologista com foco em dieta e envelhecimento, analisaram 34 estudos publicados nos últimos 24 anos. O objetivo era entender qual o “segredo” dos centenários.
Além do ambiente externo, os pesquisadores descobriram que fatores mutáveis influenciam na qualidade de vida. Abaixo, confira quatro hábitos que ajudam a chegar aos 100 anos, de acordo com o artigo publicado por eles no portal acadêmico The Conversation.
Dieta controlada de sal
“Descobrimos que, em média, os centenários ingerem entre 57% e 65% de carboidratos, 12% a 32% de proteínas e 27% a 31% de gorduras. Suas dietas incluíam alimentos básicos (como arroz e trigo), frutas, vegetais e alimentos ricos em proteínas, com consumo moderado de carne vermelha”, relataram os experts.
Outro fator revelado é que a maioria dos centenários preferia uma dieta com baixo teor de sal. “Aqueles que preferiam alimentos salgados ou adicionavam mais sal às refeições tinham um risco 3,6 vezes maior de comprometimento da função física em comparação com aqueles sem preferência por sal”.
Poucos medicamentos
Os pesquisadores descobriram que a maior parte dos centenários começou a se medicar mais tarde do que muitos adultos. Hipertensão, demência ou comprometimento cognitivo são as doenças mais comuns entre os centenários.
“O fato dos centenários aparentemente tomarem menos medicamentos pode indicar melhor saúde com menos condições médicas. No entanto, dados sobre uso de medicamentos são frequentemente autorrelatados e, portanto, podem não ser precisos, especialmente entre aqueles com comprometimento cognitivo”. explicaram Sachdev e Dai-Keller.
Boa noite de sono
A qualidade e a quantidade do sono afetam o sistema imunológico, além dos hormônios do estresse e as funções cardiometabólicas, como obesidade, pressão alta e diabetes. Por isso, ter uma boa noite de sono está associado a anos prolongados de saúde e riscos reduzidos de doenças crônicas.
“Em nossa revisão, 68% dos centenários estavam satisfeitos com a qualidade do sono. Em uma pesquisa sobre a satisfação do sono de adultos em 13 países em 2020, a satisfação do sono variou de 29% a 67%”, afirmaram os pesquisadores.
Qualidade de vida
Para completar, os cientistas descobriram que o ambiente em que as pessoas viviam também contribui para a longevidade. “Mais de 75% dos centenários viviam em áreas rurais. Esse é um padrão refletido em zonas azuis, áreas conhecidas por altas concentrações de centenários, como Okinawa no Japão,”.
De acordo com os pesquisadores, isso pode estar relacionado à conexão entre natureza, saúde e bem-estar. “Por exemplo, a exposição a espaços verdes tem sido associada a menos estresse, depressão, pressão arterial, diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, aumentando potencialmente a expectativa de vida”.
Cuidados ao longo da vida
Em entrevista anterior ao Metrópoles, o cardiologista Roberto Yano explicou que a existência longeva e saudável é resultado dos cuidados ao longo de toda uma vida. Mas, isso não significa que não se pode colher benefícios quando se começa a cuidar da saúde com a idade mais avançada.
“Ter atenção à dieta, incluir alimentos mais naturais e variados e evitar ultraprocessados, praticar exercício físico regularmente, cuidar da saúde mental, evitar o estresse crônico, ter boas noites de sono e fazer exames médicos com regularidade são fundamentais para uma saúde plena”, afirmou Yano.