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Pastora sueca quer proibir o pai de levar noiva ao altar em casamentos

Debate é liderado por uma pastora que vê “simbolismo patriarcal” na tradição do pai levar a noiva até o noivo no altar

atualizado

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Reprodução/ Alto Astral
Noiva e noivo, casamento
1 de 1 Noiva e noivo, casamento - Foto: Reprodução/ Alto Astral

A Suécia é considerada um país de destaque quando o assunto é equidade de gênero e representatividade feminina na política. Porém, quando o tema é casamento, algumas pessoas optam por tradições mais “convencionais”, o que tem incomodado lideranças religiosas locais.

A tradição da igreja luterana, na Suécia, é que os noivos caminhem juntos até o altar. Porém, nos últimos anos, muitos pombinhos optaram em ver a noiva ser levada pelo pai até o futuro esposo, como acontece nos Estados Unidos, no Brasil e na Grã-Bretanha, por exemplo.

A questão indignou a pastora luterana Sara Waldenfors, que apresentou à igreja uma proposta de proibição de que noivas fossem “entregues” aos noivos pelos pais. A justificativa é de que isso reforçaria um “simbolismo patriarcal”.

“A tendência relativamente nova de o pai levar a noiva até o altar e passá-la para o novo marido não faz parte da tradição da nossa igreja”, argumentou Sara ao Observer.

“Mesmo que a cena pareça agradável para os futuros casais de noivos, não podemos desconsiderar o que ela simboliza: um pai entregando uma virgem menor ao seu novo tutor”, emendou.

Foto colorida de um casamento - Metrópoles
A noiva costuma ser levada pelo pai ao altar em alguns países

Atualmente, a decisão é feita pelo sacerdote que conduzirá a cerimônia. “Tem sido uma luta tornar totalmente natural que as mulheres possam ser ordenadas sacerdotes. Tem sido uma luta para casais do mesmo sexo conseguirem se casar na igreja sueca. Devemos então alterar uma tradição na igreja que não é nossa e não representa algo que possamos cumprir?”, indagou Waldenfors.

Alguns membros da igreja não concordam com a visão da pastora. É o caso do comissário executivo Henrik Lööv, que vê na “nova tradição” das noivas uma forma de “marcar a importância de um parente em sua vida”.

O jornal The Guardian procurou a igreja luterana para comentar o caso, mas não teve retorno.

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