Parou com o café? 5 sinais do corpo que indicam abstinência da bebida

Quando falamos em café, até no cenário mundial, o Brasil se destaca no consumo da bebida. O único país que supera a demanda nacional é os Estados Unidos, que ocupa, oficialmente, a posição de maior consumidor mundial. 

O café é considerado uma bebida estimulante, justamente pela presença da cafeína, composto psicoativo mais consumido no mundo. Assim, exagerar na quantidade da bebida pode culminar em alguns efeitos colaterais, como irritabilidade, nervosismo e até dificuldade para dormir. 

Vale frisar que cada indivíduo manifesta uma sensibilidade diferente à quantidade de cafeína diária. Enquanto alguns toleram ingerir boa quantidade de café sem grandes sintomas, outros podem sofrer as consequências com uma inocente xícara. 

Para os que sofrem de doenças gastrointestinais, ansiedade, hipertensão arterial, insônia ou até deficiências/problemas com absorção de nutrientes — a exemplo do ferro —, o indicado pode ser abrir mão do consumo do bom cafezinho. 

Para indivíduos saudáveis, o recomendado é não exceder mais do que 400mg de cafeína por dia — aproximadamente quatro xícaras de café. 

Vale frisar que a cafeína pode ser encontrada em alimentos como chocolates, chás, refrigerantes e remédios para resfriados. 

Se o profissional de saúde te recomendou abrir mão da substância e você sentiu algum desconforto, aqui vão alguns dos sintomas esperados em caso de abstinência: 

Dores de cabeça

A cafeína interfere nos vasos sanguíneos, já que é capaz de contrair os vasos do cérebro. Logo, consumir a bebida diariamente faz com que o sistema nervoso se adapte a ela. Ao se privar do consumo, os vasos tendem a relaxar e uma quantidade diferente de sangue é bombeada para o cérebro, podendo resultar em dores de cabeça. 

Fadiga

A cafeína também interfere na disposição. Por inibir uma substância conhecida como adenosina, o café irá manter o estado de alerta por mais tempo, além de retardar a sensação de fadiga. 

Ao se abster do consumo, mais receptores de adenosina, que foram estimulados quando o indivíduo consumia mais café, não serão mais estimulados, culminando em maior sensação de cansaço. 

Além disso, os bebedores de café ainda podem criar uma tolerância à cafeína, aumentando mais ainda o cansaço nos dias em que não há ingestão da bebida. 

Mal humor

A bebida influencia a liberação de neurotransmissores, como a dopamina e a norepinefrina, que interferem no humor e nos sentimentos. Ao cessar o consumo, a sensação de bem-estar também pode ser afetada. 

Redução no foco

Segundo uma pesquisa americana divulgada no Consciousness and Cognition, a cafeína pode aumentar a capacidade de resolução de problemas. A justificativa se deve pela influência da cafeína nas substâncias químicas do cérebro, a exemplo do glutamato — aminoácido presente no cérebro essencial para a cognição. 

Ao reduzir a bebida, é esperado que os hormônios se reajustem, assim, as substâncias químicas que ajudam na concentração podem ser enviadas em um ritmo mais lento, resultando em uma névoa cerebral. 

Náuseas e tremores

Estes são sintomas críticos de abstinências que pode também surgir entre aqueles que abriram mão da cafeína. Devido ao efeito estimulante da bebida, quem para de consumi-la pode sofrer com tremedeiras, já que ela se trata de uma bebida estimulante do sistema nervoso central. 

Diante de todo esse contexto, a forma ideal de abdicar do consumo de café é começar aos poucos. Cortar a cafeína abruptamente pode levar a efeitos de abstinência mais proeminentes.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica