Óleo substituto do azeite previne Alzheimer e combate o envelhecimento
Óleo extraído de uma leguminosa popular no Brasil pode ser um substituto do azeite de oliva, além de ser rico em nutrientes e vitaminas
atualizado
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Apesar de dominar a cena quando o assunto é saúde, o preço do azeite de oliva não para de subir, além de ser um dos alimentos que mais sofre fraudes no mundo. Dessa forma, o esperado é que o consumidor tente encontrar alternativas viáveis que também sejam vantajosas à saúde.
Um óleo que está na mira dos pesquisadores ultimamente e promete trazer boas novas é o óleo de amendoim, extraído da planta Arachis hypogaea.
O Brasil produz cerca de 747 mil toneladas da leguminosa anualmente — delas, são extraídas 87 mil toneladas de óleo. Mas os benefícios dele não se limitam à balança comercial — já que exportamos boa parte do produto —, mas também englobam a saúde.
Óleo rico em nutrientes
O óleo do amendoim é rico em vitamina E, uma vitamina com alto poder antioxidante, relacionada ao rejuvenescimento celular e com vantagens para a saúde física e mental.
Assim como a uva, o produto conta também com um outro antioxidante famoso, o resveratrol, que previne doenças como Alzheimer, devido à sua ação de desintoxicar o corpo de xenobióticos (moléculas nocivas).
Não bastando esses benefícios, o amendoim — e, consequentemente, o óleo — é rico em gorduras poli-insaturadas, como o ômega-6, que oferece vantagens metabólicas, principalmente para a saúde cardiovascular.
Ótima opção na cozinha
Além de todos esses benefícios, o óleo de amendoim pode ser uma excelente opção para frituras. Isso porque ele possui um alto ponto de fumaça (232 ºC, de acordo com o Guia Michelin). Um alto ponto de fumaça representa o momento em que o óleo começa a degradar, ou seja, a oxidar e formar toxinas, como a acroleína, que já foi associada ao potencial cancerígeno.
Logo, quanto maior o ponto de fumaça de um óleo, mais tempo podemos fritar sem que toxinas sejam produzidas. Para se ter uma ideia, o extraído do amendoim é tão resistente quanto o óleo de soja, que costuma ser o mais utilizado para essa finalidade, além de bem mais resistente que o próprio azeite de oliva.
No entanto, o amendoim é rico em gorduras e, ainda que considerado vantajoso, devemos estar atentos quanto às quantidades ingeridas.
A gordura (lipídios) são moléculas calóricas que oferecem nove calorias por grama. Então, ainda que seja uma alternativa promissora, qualquer opção de óleo deve ser utilizada com parcimônia. Já no que diz respeito ao custo-benefício, o óleo de amendoim parece que vem para ficar, e bom para nós.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica