O chá verde é eficiente para tratar fígado gorduroso? Tire a dúvida
Essa e outras infusões são apontadas como possíveis tratamentos para a esteatose hepática, ou gordura no fígado; veja se essa é uma verdade
atualizado
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Conhecida como esteatose hepática, a gordura no fígado pode acontecer devido a maus hábitos de vida, como sedentarismo, excesso no consumo de bebidas alcoólicas, obesidade e má alimentação.
Os sintomas dessa condição só costumam surgir quando o quadro já está evoluído. Entre eles, estão desconforto abdominal, falta de apetite e fadiga.
Basta uma busca rápida na internet e é possível encontrar diversas receitas milagrosas que visam o alívio dessa condição. Mas, afinal, elas funcionam?
Entre as possibilidades para tratar o fígado gorduroso, surgem infusões como os chás verde, de boldo, de alcachofra ou de alho. É necessário, porém, frisar que nenhuma dessas opções têm benefícios comprovados cientificamente.
Apesar do chá verde e do cardo mariano apresentarem efeitos benéficos ao órgão em questão, não podemos alegar que eles irão tratar a doença.
A cúrcuma, que tem a curcumina como princípio ativo, também conta com diversas funções benéficas à saúde e costuma ser consumida em forma de chá para combater esse quadro.
O que dá certo, de fato, é investir em uma mudança de hábitos, com dieta balanceada, prática de exercício físico, redução no consumo de bebidas alcoólicas e tratamento das condições que possam potencializar essa doença, como diabetes e hipertensão.
Com todos os ajustes em dia e estando bem orientado, o consumo de chás trará os benefícios dos seus princípios ativos, como antioxidantes, anti-inflamatório e outros, caso do chá de cardo mariano.
Cuidado, por fim, para não exagerar no consumo dessas infusões, ainda que sejam naturais. O chá verde, por exemplo, quando consumido em altas doses ou por indivíduos com cirrose pode ser hepatotóxico, ou seja, tóxico ao fígado — tendo efeito justamente inverso ao desejado.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica