Você sente muita fome? Descubra o porquê disso
A fome desenfreada pode ser desencadeada por um quadro conhecido como resistência à leptina
atualizado
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Comer é bom e isso ninguém pode negar, mas até a fome deve estar dentro da normalidade. Quando a turma reúne, você é daqueles que costuma se alimentar acima da média e continua faminto? Isso pode, sim, ter uma explicação.
A necessidade energética, que influencia no apetite, jamais será determinada de forma padrão, podendo variar de acordo com várias condições, como gênero, estatura, fase da vida, alterações hormonais e outras situações.
É natural que tenhamos um padrão comportamental de alimentação, ao longo da vida, ditado pela nossa própria fisiologia. Se você sente aquela vontade insaciável de comer e mesmo assim dificilmente se sente satisfeito, esse pode ser seu caso.
Quando o estômago e intestino estão vazios ou cheios de comida, eles enviam sinalizações para o cérebro, comunicando a situação a esse órgão. O tecido de gordura também libera um hormônio que gera sensação de saciedade, conhecido como leptina. Quando o estoque de nutrientes no sangue cai, também ocorre uma comunicação ao cérebro avisando que há necessidade de reposição, então, é hora de comer.
Todos esses hormônios chegam até o hipotálamo, no cérebro, avisando o corpo para comer ou não, a depender do sinal que ele recebeu. Porém, existe uma situação em que o hipotálamo não irá entender o sinal de saciedade, ou seja, que comeu além da conta. Ela ocorre devido à inflamação crônica, quadro comum, por exemplo, na obesidade.
O controle do apetite tende a ficar prejudicado e, por isso, é comum que esses indivíduos comam além da conta, muitas vezes nem percebendo. Como consequência, é improvável que a pessoa se sinta satisfeita. Esse quadro é conhecido como resistência à leptina.
Para mapear se você sofre disso, antes, veja se:
- Você come menos calorias, proteínas, gorduras e fibras do que deveria;
- Você começou uma atividade física, aumentando o gasto energético;
- A sua temperatura corporal ficou mais baixa, em situações de frio, por exemplo.
Quando há resistência à leptina, o indivíduo sente mais apetite, mesmo sem estar em alguns desses três quadros citados. Se esse é o seu caso, recorra a um profissional competente, buscando uma orientação nutricional adequada.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica