Vigilância Sanitária e polícia fecham fábrica da Integralle em Goiânia

A fábrica da Integralle, uma das marcas de bolos fitness e ovos de Páscoa mais famosas de Goiânia e de Brasília, foi fechada nessa segunda (16/4) pela Vigilância Sanitária e Delegacia de Proteção a Crimes contra os Consumidores de Goiás. A operação aconteceu após reclamações de consumidores e suspeita de funcionamento sem autorização.

Segundo o jornal O Popular, as equipes encontraram produtos armazenados fora da temperatura adequada, itens sem data de validade ou de fabricação e até um saco de farinha vencido. Foram 2,5 toneladas de ingredientes apreendidas. A Operação Olho Vivo acredita ainda que a empresa tenha reutilizado o chocolate dos ovos de Páscoa não vendidos na produção de bolos – a ação é considerada irregular.

Além disso, os funcionários afirmaram em depoimento aos investigadores que, apesar das propagandas anunciarem que os produtos eram fabricados sem glúten, lactose ou açúcar, havia leite condensado na receita. A operação também encontrou embalagens de adoçante artificial. A Integralle dizia usar apenas adoçantes naturais.

A fábrica foi autuada em 2016 por falta de alvará e, de acordo com a investigação, a empresa ainda rouba energia elétrica. Os agentes encontraram um aparelho no relógio de luz usado para adulterar o consumo.

O dono da Integralle deve ser autuado por furto qualificado de energia e crime nas relações de consumo. Se considerado culpado, o empresário pode cumprir pena de até 10 anos. O perfil da empresa no Instagram foi fechado.

A defesa da Integralle informou ao G1 que os produtos têm rótulos e não estavam vencidos. Sobre a suspeita de furto de energia, a defesa disse haver uma única conta com valor inferior a outras e afirmou que apresentará provas para inocentar a companhia das acusações.