Veja o quanto de inseto pode haver no alimento que você consome
Ainda que seja um limite muito baixo, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece uma tolerância a esse tipo de resíduo
atualizado
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Muitas pessoas não sabem, mas, de acordo com a legislação brasileira, é permitida uma quantidade prevista de pelos de ratos, insetos e até areia nos alimentos industrializados. Ainda que seja um limite muito baixo, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece uma tolerância a esse tipo de resíduo que pode, sim, estar presente em alimentos elaborados industrialmente.
No processo industrial, há a presença de insetos e diversos invasores em várias etapas de produção, como transporte, armazenamento, estoque e outros, que acabam se misturando à produção.
Por conta disso, é possível que eles sejam encontrados desde o pote de molho de tomate até o pacote de biscoitos. A Anvisa afirma que esses resíduos não apresentam riscos de intoxicação ou prejuízos à saúde, quando dentro dos limites estabelecidos, criados em 2014 pela RDC 14.
Veja, abaixo, a quantidade permitida:
- Para 25g de café torrado e moído, é liberado até 60 fragmentos de insetos (como baratas e moscas);
- Para 225g de massas e biscoitos, é liberado até 225 fragmentos de insetos;
- Para 100g de produtos à base de tomate, está liberado até um fragmento de pelo de roedor e 10 fragmentos de insetos;
- Para alimentos em geral, é liberado até 1,5% de areia ou cinzas insolúveis em ácidos.
Além deles, itens como canela, orégano e farinha de trigo também possuem tolerâncias específicas.
Surpreso com a notícia? Outros órgãos internacionais, como o Food and Drugs Administration (FDA), nos Estados Unidos, também estabelecem limites semelhantes. Vale lembrar que essa porcentagem permitida não engloba agentes que possam gerar riscos de contaminação.
Para garantir a segurança do alimento, as vigilâncias de estados e municípios nacionais têm a responsabilidade de fiscalizar as empresas responsáveis pela produção.
Se você, como consumidor, suspeitar de alguma irregularidade em algum produto, pode contar com um canal da Anvisa disponível para denúncias. Extravasando os limites permitidos, as empresas sofrem punições que variam de acordo com a gravidade do problema.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica