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Saiba como a alimentação ajuda a prevenir o câncer colorretal

No março azul, que debate a prevenção a esse tipo de câncer, a alimentação tem papel fundamental

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Mulher cuidando da saúde intestinal
1 de 1 Mulher cuidando da saúde intestinal - Foto: Pixabay

Após a campanha Novembro Diabetes Azul, o movimento em prol da conscientização e prevenção de doenças continua crescendo e, neste mês de março, é a vez do março azul, que tem como finalidade alertar sobre o câncer colorretal. O movimento é lançado pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) e alerta sobre o surgimento de 20.520 casos novos da doença em homens e 20.470 em mulheres (2020 – Inca).

Esse tipo de câncer é o terceiro tipo mais frequente em homens e mulheres no país. Diante desse contexto, fica a responsabilidade dos profissionais de nutrição em colaborar com a sociedade, revelando como essa ciência pode intervir de forma direta na prevenção da doença que afeta o sistema gastrointestinal. Também conhecido como câncer de intestino, ele atinge a parte do intestino grosso, o reto e o canal anal, tendo origem na mucosa intestinal.

Igual a todos os outros tipos de câncer, a origem da doença também é multifatorial, porém, a influência da alimentação na evolução do câncer colorretal é alta e o estilo de vida já foi classificado pela Organização Mundial da Saúde como fator preponderante para o surgimento desse tipo de neoplasia. A sobrevida para esse tipo de câncer é considerada boa, principalmente quando diagnosticada em estágio inicial. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os principais fatores de risco relacionados ao surgimento dessa neoplasia são, depois da idade maior ou igual a 50 anos, uma alimentação pobre em frutas, vegetais e, principalmente, fibras. Uma alimentação rica em gordura animal, carne processada e carne vermelha, com presença de um bom teor de gordura saturada, é fator direto de predisposição.

bandeja com frutas, vegetais
Frutas e vegetais são bons alimentos para a prevenção de doenças no intestino

Os Estados Unidos tiveram um crescimento significativo da doença em indivíduos jovens, que antes eram excluídos dos índices, e um dos fatores que está contribuindo com isso é a epidemia de obesidade. Evidentemente, essa não é a única causa, mas é um fator de risco, principalmente por causa dos hábitos alimentares não saudáveis.

Saúde intestinal

A saúde intestinal é de extrema importância para qualidade de vida, já que esse órgão é considerado um segundo cérebro. No intestino também há presença de neurotransmissores, como a serotonina, que interferem na saúde emocional. Lá que é realizada a absorção de todos os nutrientes essenciais para a vitalidade.

O aumento na ingestão de frutas e verduras pode diminuir a incidência global de câncer em até 31%, principalmente pela presença de compostos como antioxidantes, vitaminas, caratenoides, selênio, e outros nutrientes presentes nesses alimentos. De acordo com o Ministério da Saúde, o consumo mínimo de frutas e verduras por dia não pode ser inferior a 400 gramas, para um indivíduo adulto.

Outra alternativa é priorizar a gordura monoinsaturada, presente no azeite, abacate e nas castanhas, e as fibras alimentares, presentes em frutas, vegetais, grãos integrais e tubérculos, já que elas são fundamentais para aceleração e bom funcionamento intestinal. O ideal é o consumo na proporção de 25 g de fibra por dia. Após alinhar a alimentação, fuja do sedentarismo e invista na prática regular de atividade física. Essas práticas são ferramentas essenciais na prevenção.

Diminuir a ingestão de alimentos industrializados, processados e ricos em açúcares e gorduras também é um ponto importante a ser lembrado.

Outro tipo de produto alimentício que se deve ter muito cuidado na ingestão são os embutidos e as carnes processadas – como salsichas, mortadela, linguiça, presunto, bacon e, inclusive, blanquet de peru ou peito de peru. Diversos artigos e estudos correlacionam a ingestão desses compostos a maiores riscos de câncer, sendo aceitável um consumo de até 500 g de carne cozida por semana. Nas carnes processadas, existe um enorme teor de compostos químicos, como nitritos e nitratos, não identificados pelo nosso organismo, sendo responsáveis por diversas desordens.

Caso tenha dúvidas ou suspeite que tenha a doença, busque a ajuda de um profissional;

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