Reduzir carne vermelha emagrece? Descubra se a estratégia é válida
A proteína tem muitas calorias e adotar um consumo moderado da carne vermelha pode ajudar na perda de peso
atualizado
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Não é de hoje que várias polêmicas circundam o consumo de carne vermelha – embora seja um componente básico no prato tradicional brasileiro, é preciso ter consciência sobre seu consumo.
A prática alimentar vegetariana tem crescido significativamente ao longo dos anos e, com isso, os estudos elencam quais as vantagens obtidas a partir desse modelo alimentar. Quando bem elaborado, de forma profissional, preservando a ingestão de nutrientes essenciais para saúde, a prática pode, sim, trazer muito benefícios à saúde.
Existem atualmente evidências robustas na literatura provando que diminuir o consumo da carne vermelha traz benefícios à saúde cardiovascular, prevenindo alguns tipos de câncer e até demência. Foi relatado que o consumo da carne caiu 1.4 quilo per capita só em 2020, no Brasil, entre outros motivos, por conta da crise econômica. Mesmo assim, o país ainda é uma referência nesse consumo.
Carnes são ricas em proteínas, vitaminas essenciais, ferro heme – maior biodisponibilidade – e zinco, porém, seu consumo exagerado pode levar ao aumento teor de gordura saturada presente no alimento.
O tipo de carne mais preocupante, sem dúvidas, são os embutidos. Esses alimentos pertencem a classe dos ultraprocessados e possuem uma quantidade altíssima de sódio, sendo inimigos da saúde cardíaca.
Além dos embutidos, existem também os defumados, onde existe a troca do sal para fumaça.
Para se ter ideia, cientistas da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer inseriram os embutidos junto ao amianto e ao tabaco na classificação de agentes cancerígenos. Um consumo diário de 50g de carne processada já pode ser relacionado ao aumento da incidência de câncer colorretal.
Nos casos das carnes vermelhas, já se discute a influência do excesso no consumo ao maior risco de desenvolvimento de tumores. A carne vermelha, com aquela gordurinha suculenta e saborosa, pode ser responsável por elevar o famoso colesterol “ruim”, conhecido como LDL. Este grupo possui uma alta quantidade de gordura saturada e muita caloria.
A dieta mediterrânea é considerada um padrão alimentar ouro, nesse cardápio existe uma ingestão menor de carne vermelha e maior de carnes brancas, por isso, costuma gerar marcadores para colesterol exemplares. O modelo alimentar traz ômega-3 e fibras.
Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Cardiologia frisa sobre o excesso na ingestão de carnes vermelhas e embutidos podem comprometer a saúde cardiovascular.
Para o emagrecimento, a teoria não muda. Pelo alto teor de gorduras e sódio, moderar esse consumo pode ser proveitoso para esse objetivo. Não se trata de não consumir carnes nunca mais, mas atenção às quantidades.