Quantos quilos eu posso perder por semana sem prejudicar minha saúde?
Cuidado com dietas e estratégias que prometem “secar” rapidamente
atualizado
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Com a chegada do verão, que tem início no próximo dia 21, surge também uma motivação em perder aqueles quilinhos extras. Muitos recorrem a dietas que prometem emagrecimento repentino e em poucos dias. Mas, afinal, até quantos quilos um indivíduo pode perder semanalmente sem comprometer sua saúde?
Quando falamos em emagrecimento saudável, é necessário esquecer essas dietas da moda ou estratégias mirabolantes que prometem eliminar muitos quilos em um curto espaço de tempo. O Ministério da Saúde frisa a importância de acompanhar o que pode estar relacionado a comportamentos de risco para transtornos alimentares, inclusive práticas famosas, como restringir calorias severamente ou pular e espaçar muito as refeições.
O aumento da atividade física, por sua vez, é a melhor alternativa para uma perda de peso bem-sucedida, quando aliado à alimentação balanceada. Isso porque o exercício eleva o gasto calórico e colabora na manutenção da massa magra.
Emagrecer ou engordar é resultado de uma matemática simples. Quando o indivíduo engorda, provavelmente ingere mais calorias do que gasta. E vice-versa.
Por isso, para saber a quantidade de quilos que se pode perder por semana, a resposta seria: depende da composição corporal de cada um.
Para uma perda de peso saudável, é primordial que o indivíduo não dê adeus à massa magra e, sim, à gordura. Mais importante do que o peso da balança é certificar-se de que esses números a menos estejam direcionados ao tecido adiposo, e não ao músculo.
O peso a ser perdido depende da proporção de gordura e músculo de cada um. Em síntese, devemos preservar a musculatura e perder as gorduras.
Além disso, existe a taxa metabólica basal, que estima o gasto do nosso organismo para realizar suas funções básicas, como regular a temperatura corporal, manter os pulmões funcionando e o coração batendo. O gasto de calorias ao longo do dia é o somatório dela com as atividades extras do do cotidiano.
Um fator que pode interferir positivamente é, de novo, a massa magra. Quanto mais massa muscular a pessoa tem, maior será a taxa metabólica basal, ou seja, um atleta queima mais calorias dormindo do que uma pessoa sedentária.
Dito isso, fica mais claro entender por que o emagrecimento sustentável está diretamente ligado à musculação. O peso da balança se torna pouco relevante quando temos por base que a pessoa está perdendo gordura numa proporção razoável ao ganho de músculo. Isso é mais importante do que “secar rápido” e de modo desenfreado.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica