O que é intolerância à lactose eventual, quadro apresentado por Lula
A intolerância circunstancial, como a do presidente Lula, ocorre em razão de uma inflamação intestinal
atualizado
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Se existe uma limitação alimentar recorrente em adultos é a intolerância à lactose. Esse quadro é bastante comum no Brasil e atinge entre 40% a 50% da população. Em geral, trata-se da incapacidade do organismo em digerir o açúcar do leite.
A maioria das pessoas têm uma perda progressiva na capacidade de absorção da lactose no decorrer da vida, e sentem sintomas desagradáveis ao consumir a substância. Como o organismo vai deixando, gradualmente, de produzir a enzima para digerir esse açúcar, é comum aparecer dor de cabeça, distensão abdominal, gases, cólicas e diarreia em quem sofre desse mal.
Um diagnóstico recente dado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e divulgado pelo jornal Extra, deixou algumas dúvidas sobre essa condição: a intolerância à lactose circunstancial ou eventual.
Para quem não sabe, a lactose é um açúcar que tende a sofrer fermentação ao chegar no intestino, mesmo em indivíduos saudáveis, podendo causar gases e distensão.
Esse tipo de açúcar, inclusive, pertence à classe dos FODMAPS, sigla em inglês para um conjunto de carboidratos fermentáveis.
A intolerância circunstancial ocorre em razão de uma inflamação intestinal.
Com o intestino inflamado, a metabolização da substância se torna mais problemática, podendo causar mais efeitos indesejáveis.
E como tratar?
Com um intestino inflamado, o interessante é restabelecer o microbioma do órgão, retirando alimentos como álcool, lactose, farinha refinada, açúcar em excesso e outros.
Por isso, mesmo produzindo a enzima lactase, a digestão da substância pode ser influenciada por outros fatores ao longo da vida. Foi, provavelmente, o que aconteceu com o presidente. Ele foi orientado, de acordo com o Extra, a retirar derivados do leite e açúcar, medida eficiente.
O ideal, ainda, é cuidar da saúde intestinal e dar prioridade a alimentos naturais, fugindo de ultraprocessados.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica