Nutricionista dá dicas para evitar alimentos gordurosos na pandemia
A especialista ensina a fazer com que o desejo de ingerir algo supercalórico não seja maior que o de comer algo nutritivo
atualizado
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A pandemia do novo coronavírus colocou a normalidade do Brasil e do mundo de ponta cabeça. Em casa, por conta da quarentena, os hábitos alimentares da maioria das pessoas também sofreram mudanças drásticas. O novo cenário aumentou a vontade de atacar a geladeira, impactando, sobretudo, a relação de cada um com o alimento.
De acordo com a nutricionista Mafalda Rodrigues, em entrevista ao portal português NiT, a melhor forma de evitar a ingestão frequente de itens supercalóricos é dificultar o acesso a eles. O primeiro passo é reduzir a quantidade comprada e estabelecer um limite.
“Os hábitos alimentares devem ser consistentes a longo prazo, daí a importância de serem adaptados ao estilo de vida de cada pessoa”, pontuou.
Outra forma indicada pela especialista é buscar conhecimento sobre cozinha. Desse modo, a pessoa poderá substituir alimentos não saudáveis por opções com gosto semelhante, porém mais benéficas ao organismo.
Ela ressaltou que, ao estar ciente das inúmeras possibilidades culinárias, ficará mais fácil planejar refeições da semana e inovar o cardápio. Mafalda afirmou que a lista de compras deve estar ligada à organização do que será consumido na semana, com a redução dos alimentos ultraprocessados, e com adição de legumes, verduras e frutas.
E, por fim, para driblar a vontade de comer um docinho no meio tarde, a nutricionista recomendou ter um kit emergência. Nele, é preciso colocar itens saudáveis que sejam mais agradáveis a pessoa e que podem saciar o desejo do açúcar, como morangos, uvas e mangas. O ideal é que estejam sempre prontos para consumo, ou seja, limpos e cortados.
Dados da Direção-Geral de Saúde (DGS) de Portugal mostram que 42% das pessoas em confinamento aderiram a um padrão alimentar menos saudável do que o habitual. Frutas, verduras e legumes deram lugar a alimentos ultraprocessados e açucarados. A realidade, é diferente apenas para 29,7% dos entrevistados, que consideram ter aumentado o consumo de vegetais.
Mafalda salientou que os novos hábitos são resultado das modificações na rotina. O quadro engloba a adesão repentina ao trabalho a distância, a ansiedade e estresse com a situação da crise de saúde e a permanência elevada no mesmo local.
“Todas estas alterações que foram acontecendo na rotina das pessoas, causadas pela pandemia, criaram a necessidade de cozinharem mais e naturalmente, consumirem mais refeições em casa”, disse.