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Não para de engordar? Novo estudo diz que problema pode ser o estresse

Pesquisa mostrou que estado emocional interfere diretamente nas escolhas alimentares

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Foto colorida mostra homem de camisa social sentado de frente ao computador, com as mãos nos olhos, abaixo de óculos de grau - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida mostra homem de camisa social sentado de frente ao computador, com as mãos nos olhos, abaixo de óculos de grau - Metrópoles - Foto: Getty Images/Divulgação

Problemas de saúde ou com a família, relacionamento em crise, excesso de restrição calórica ou atividade física em demasia podem ser fatores de estresse no cotidiano de muita gente, sobretudo em tempos de pandemia de Covid-19. Mas, você já parou para pensar que eles podem impedir a sua perda de peso? Um estudo recente elucidou essa questão.

Antes de qualquer abordagem, é preciso compreender alguns mecanismos fisiológicos que ocorrem no organismo quando um indivíduo é exposto a situações como essa. Estar constantemente estressado é um fator direto para o aumento dos níveis de um hormônio chamado cortisol e de outras substâncias, como as catecolaminas.

Além disso, fugir do “mood zen” faz com que haja uma diminuição de um hormônio famoso pela sensação de prazer, a serotonina. Diante desse cenário, há um impacto negativo na atividade do eixo cerebral, que responde a estímulos internos e externos.

Todo esse processo causa uma resposta em cascata e, ao final, é observado principalmente alteração da resposta ao apetite, já que há maior ativação do sistema cerebral de recompensa, alteração da microbiota intestinal e redução de melatonina (hormônio que contribui com a saúde do sono).

Com esse desequilíbrio instalado, acontece até mesmo uma alteração no sistema de estímulos, como sabores e cheiros, “convidando” o indivíduo a fazer escolhas visando recompensas imediatas.

Um estudo recente selecionou 51 homens buscando emagrecimento e os expôs a um grau leve de estresse. Foram apresentados pratos “saudáveis” e “não saudáveis” ao grupo. A conclusão? Quanto maior o nível de cortisol (estresse) do indivíduo, maior foi a tendência para escolher com base na vontade/desejo, e não na qualidade nutricional do prato.

Com isso, os pesquisadores constataram que a área cerebral responsável pelo planejamento estava mais inibida, ou seja: busca-se o prazer imediato, e ele geralmente recai em opções pouco benéficas à saúde, prejudicando a perda de peso.

Para estar em dia com um planejamento alimentar e emagrecimento, é mais que necessário lidar com as próprias emoções. Caso contrário, dificilmente a pessoa terá equilíbrio para fazer escolhas inteligentes.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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