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Jejum intermitente pode reduzir a massa muscular? Descubra

Se a ingestão ao longo do dia estiver em quantidades ajustadas e de acordo com as necessidades do indivíduo, o organismo não sofrerá danos

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Considerada a estratégia queridinha do momento, o jejum intermitente desperta interesse em um grande público que visa ao emagrecimento. Muitos autores e artigos científicos defendem e comprovam os benefícios na saúde de quem adere a essa prática.

Apesar disso, existe também uma preocupação maior em relação à composição de massa magra. Afinal, poderia o jejum atrapalhar na síntese de massa muscular?

Por muito tempo, acreditou-se que para favorecer o ganho de massa magra, o indivíduo teria de ter um alto consumo e em maior frequência de proteínas, principalmente em refeições como pré e pós-treino, fatores determinantes para a hipertrofia.

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Hoje, já sabemos que não é bem assim. Mais importante que as refeições pré e pós-treino é o contexto geral da dieta. Se a ingestão ao longo do dia estiver em quantidades ajustadas e de acordo com as necessidades do indivíduo, o organismo não sofrerá prejuízos.

Existem várias formas de realizar a estratégia de jejum intermitente. No geral, ela se caracteriza por um longo período de privação alimentar e, consecutivamente, privação na ingestão de proteínas e nutrientes para o estímulo anabólico.

Alguns estudos mostraram que não existem grandes diferenças entre jejum intermitente e restrição calórica, ou seja, ambas alcançam resultados semelhantes e não apresentam diferenças em relação à perda de massa muscular.

A única exceção é o grupo específico de mulheres pós-menopausa e sedentárias. Em ambos os casos, o jejum intermitente não trouxe vantagens. Elas apresentaram um maior grau de catabolismo, ou seja, perderam massa magra.

Para os adeptos do jejum intermitente, a preocupação maior deve ser de, no momento em que voltarem a se alimentar, ingerir os nutrientes em quantidades corretas, incluindo a quantidade de proteína.

Ao comer, se a quantidade de proteína estiver adequada de acordo com suas necessidades e estando fracionada em quatro ou cinco refeições, será possível não apenas manter a composição de massa magra, como também aumentar o ganho – a depender do estímulo físico.

Em outro caso, se o indivíduo não ingerir a quantidade correta de proteínas, ainda que não faça jejum intermitente, ele poderá ter prejuízos em sua composição corporal. Dito isso, independentemente da estratégia dietética, é imprescindível que o paciente faça a ingestão correta de proteínas e nutrientes, dessa forma, não terá prejuízo em sua composição corporal e poderá emagrecer de maneira saudável.

(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica

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