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FODMAP: Conheça a dieta que promete melhorar a mente e o intestino

Ao retirar carboidratos específicos, a dieta pode tratar doenças como a Síndrome do Intestino Irritável

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Alguns tipos de carboidratos geralmente são difíceis para o nosso corpo absorver. Conhecidos como FODMAPs (sigla em inglês para monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polióis), estes açúcares podem ter fortes efeitos negativos no organismo de algumas pessoas.

Com o objetivo de melhorar desconfortos intestinais como azia, intestino preso ou diarreia, a dieta de baixo FODMAP retira do cardápio alimentos que contêm grande quantidade desses carboidratos e caiu nas graças dos nutricionistas até mesmo para tratar doenças mais graves, como a Síndrome do Intestino Irritável (SII).

De acordo com a nutricionista funcional, Elissa Amaral, a dieta funciona com a exclusão de alimentos em conjunto ao tratamento à base de probióticos e prebióticos (bactérias que auxiliam na regulação do intestino), de forma que se possa diminuir a hipersensibilidade do órgão. “A gente busca reconstruir a parede do intestino sensível e melhorar a imunidade. Dependendo do caso fazemos ou não a reintrodução de certos alimentos, porque é uma dieta para um tempo específico. Se a síndrome permanecer, a gente faz o uso para longa duração”, explica.

Para além dos problemas abdominais, a dieta de baixo FODMAP também pode ajudar no tratamento de doenças mentais, como depressão e ansiedade. Isso porque grande parte da serotonina, neurotransmissor que controla o nosso humor, é fabricada no intestino. Assim, manter o funcionamento regular do órgão pode significar mudanças positivas também à mente. “O intestino é o nosso segundo cérebro metabólico, é onde a gente processa os alimentos e onde temos tudo que precisamos para o metabolismo funcionar. Como estão surgindo muitos estudos sobre o intestino, as pessoas estão vendo essa importância em cuidar dele”, diz a nutricionista.

Síndrome do Intestino Irritável
O principal caso em que esta dieta é usada é no tratamento da SII. Excesso de consumo de corantes e alimentos industrializados podem ser causas da doença que acomete mais de 2 milhões de pessoas por ano no Brasil. A síndrome não tem cura e provoca fortes dores abdominais, gases, diarreia e constipação.

Há dois anos, a analista judiciário Adelina Maria Rodrigues, começou a ter diarreias e sentir fortes dores. Após procurar orientação médica, descobriu que tinha a síndrome. “Parecia que possuía intolerância até a alface. Não digeria quase nada”, contou. Com uma semana seguindo a dieta, Adelina notou resultado. “Eu melhorei muito rapidamente”.

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Elissa sugere que a dieta deve ser feita durante ciclos de três meses, retirando determinados alimentos do dia a dia do paciente e, após esse tempo, começa-se uma reeducação alimentar: a cada 20 dias reintroduz-se um novo alimento para testar a tolerância do organismo.

Que a dieta está em alta é algo inegável. A procura tem sido tanta que marcas da Austrália e Nova Zelândia já estão investindo em produtos e receitas FODMAP-free. Elissa explica que diferentemente das dietas low-sugar, sem lactose e glúten, um cardápio com restrição de açúcares não é indicado para todo mundo. “É fundamental a avaliação profissional até para ver se há essa demanda real ou não”.

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