Experts elegem dieta cetogênica como a pior do ano. Descubra por quê
O padrão alimentar, rico em gorduras e pobre em carboidratos, tem como objetivo levar o corpo ao estado metabólico de cetose
atualizado
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Anualmente, a US News & World Report elabora um painel composto por especialistas em saúde e nutrição para avaliar dietas e padrões alimentares, baseados em critérios como saúde em geral, facilidade em seguir, potencial para perda de peso e prevenção de doenças.
A dieta cetogênica, também conhecida como keto, foi considerada a pior opção para 2022. Rico em gorduras e pobre em carboidratos, o padrão alimentar tem como objetivo levar o corpo ao estado metabólico de cetose, no qual usa os estoques de gordura para produzir energia, em vez da glicose vinda do “carbo”. Para isso, cerca de 70% da dieta consiste em gordura, e o restante se divide em proteínas e carboidratos.
Quem segue esse tipo de conduta nutricional acredita que, com a diminuição da ingestão de carboidratos, a queima de gordura ocorra de forma mais eficiente, aumentando a energia e melhorando a saúde. A ideia é diminuir a fome ao longo do tempo.
Apesar disso, os especialistas acreditam que as excessivas restrições, desequilíbrios nutricionais e dificuldade em manter o padrão a longo prazo não valem a pena.
Existe, ainda, uma preocupação em relação à baixa ingestão de carboidratos saudáveis, que trazem inúmeros benefícios à saúde, como os ricos em fibras (vegetais, frutas, legumes e grãos integrais), fazendo com que se perca absorção de nutrientes essenciais, a exemplo das vitaminas, minerais e fibras.
As evidências científicas alegam que dietas restritivas e de curto prazo levam ao efeito sanfona, com períodos que oscilam entre restrições e compulsões, tornando a alimentação uma verdadeira desordem. Consulte um nutricionista para uma recomendação alimentar individualizada e ideal para você.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica