Estudo comprova que vegetarianos tendem a ser mais magros. Entenda
Estudos defendem que a dieta vegetariana previne doenças e que os adeptos são mais magros que onívoros
atualizado
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Para conter a obesidade no mundo, várias dietas e modelos alimentares prometem emagrecimento sem prejudicar a saúde. A grande preocupação em diminuir o avanço da obesidade seria para conter, também, os efeitos devastadores que chegam com ela.
Existem diversas doenças relacionadas à obesidade, mas as que geram maiores preocupações são as cardiopatias, hipertensão arterial, diabetes tipo 2, síndrome metabólica, dislipdemias, alguns tipos de câncer, apnéia do sono, entre outras. Nesse sentido, um modelo alimentar em ascensão é o vegetarianismo.
Os adeptos desse modelo alimentar muitas vezes se convertem a ele por ideais de preservação à natureza, respeito aos animais ou até por questões religiosas, mas, há uma certeza: estudos contundentes defendem que a dieta vegetariana previne doenças e que os adeptos são mais magros que onívoros.
Diversos estudos correlacionam esse modelo alimentar com menores chances de desencadear doenças cardiovasculares, dislipdemias, alguns cânceres e até mesmo constatar que as pessoas ficam mais magras.
Os autores defendem que, com a prática do vegetarianismo, os indivíduos concentram a alimentação em um leque de opções mais saudáveis, diminuindo o consumo de itens refinados, ricos em substâncias químicas e pobres em nutrientes, e aumentando o consumo de frutas e vegetais, resultando em maior ingestão de fibras.
Com uma alimentação mais concentrada em vegetais, consegue-se ter maior proveito na sua alimentação, mais próxima ao natural. Fora isso, vegetarianos comem menos gorduras saturadas, responsável por desencadear doenças cardiovasculares.
Contextualizando esse fato, os autores concluíram que o público vegetariano apresenta índice de massa corpórea (IMC) mais baixos em relação a onívoros e que consomem carnes, e atribuíram esse fato, também, ao maior consumo de fibras na dieta.
As fibras são responsáveis por promover saciedade, diminuir os níveis de colesterol, fazer controle do açúcar no sangue e melhorar a saúde intestinal, por isso, devem estar em boa quantidade em dietas saudáveis. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão mínima de fibras diária deve ser de 25g e, segundo o IBGE, a ingestão média de fibras do brasileiro é de 12,5g.
Pecar na ingestão de fibras atrapalha que o emagrecimento aconteça, já que ela é considerada um nutriente aliado à perda de peso saudável.
Fora os fatores citados, um estudo também percebeu que as dietas do tipo vegetariana/vegana tendem a ter menor densidade calórica, fator extra para a perda de peso.
Esse estudo revelou que a dieta plant-based pode diminuir em até 40% os riscos de acidente vascular cerebral, 29% menos chances de síndrome metabólica e 50% menos chances de diabetes.
Lembrando que, independente do modelo alimentar escolhido, o que tende a ser individual, é necessário que ele seja bem ajustado de acordo com as necessidades de cada um. Dietas restritivas tendem a gerar maior carência de nutrientes e, por isso, devem ser bem elaboradas, e com o auxílio de um profissional.
O vegetariano deve prestar atenção à ingestão, principalmente, de ferro e vitaminas do complexo B, que as fontes vêm de proteínas animais. Além disso, optar pelo vegetarianismo mas continuar consumindo alimentos industrializados e ricos em açúcar não irá promover esses benefícios.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica