É low carb? Emagrece? Entenda os riscos da dieta cetogênica
Quando mal indicada, a cetogênica pode causar efeitos negativos, principalmente para a saúde do coração
atualizado
Compartilhar notícia
A dieta cetogênica é uma tendência em todo o mundo há alguns anos. Apesar de ser bastante lembrada por quem quer emagrecer ou adotar um padrão alimentar mais saudável, não basta sair adequando o cardápio por conta própria, já que o mal gerenciamento das gorduras, ponto de destaque desse modelo, pode acarretar em prejuízos graves à saúde.
Quando mal indicada, a cetogênica pode causar efeitos negativos, principalmente para a saúde do coração.
Este ano, uma pesquisa apresentada na conferência anual do American College of Cardiology e do World Congress of Cardiology revelou que esse tipo de dieta pode estar associada a um risco aumentado de aumento do colesterol LDL (conhecido como colesterol ruim), o que potencializa os riscos de doenças cardíacas.
Esse risco pode ocorrer quando, ao adotar o modelo cetogênico, o indivíduo deixe de prezar pelas gorduras de qualidade, como as mono e poli-insaturadas, presente em itens como azeite, abacate, coco, açaí, castanhas, nozes, amendoim, gergelim e salmão.
Além disso, aumentar a ingestão de gorduras que deveriam ter a ingestão controlada, como as saturadas (comum em carnes vermelhas, queijos gordos, manteiga, leite integral, bacon e em industrializados), irão surtir efeitos deletérios à saúde e ao emagrecimento.
De acordo com as diretrizes de saúde do coração, as gorduras saturadas não devem representar um consumo superior a 10% do valor energético total da dieta. Ou seja, em uma dieta de 2000 calorias, apenas 200 delas deveriam vir desse tipo de gordura.
O ideal é fugir de modismos ou de adaptações nutricionais sem o acompanhamento de um profissional. A melhor conduta alimentar é aquela adequada especialmente para você.
(*) Thaiz Brito é nutricionista pós-graduanda em Nutrição Esportiva Clínica